vídeo de um homem, de mãos e
pés atados, circula no youtube
e mostra um rapaz sendo atirado a
um formigueiro. O episódio de
tortura, cuja data e autor é
desconhecida, teria acontecido em
Teresina e é protagonizado por
outros homens que estariam se
vingando de um jovem que teria
roubado uma casa na região. O
caso chamou a atenção da
comissão de defesa dos direitos
humanos da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB), seccional Piauí,
que resolveu encaminhar, ainda
nesta semana, uma denúncia ao
Ministério Público Estadual (MPE) e
solicitar uma investigação.
Na gravação, os homens ironizam o
torturado: “Agora ‘tu’ lembra de
Deus, é?” O homem aparece com o
rosto inchado e gritando de dor,
como mostra o vídeo gravado pelos
autores da tortura que seriam
integrantes de um grupo de
justiceiros que se intitula 'Apoio
policial'. O áudio sugere que mais
pessoas do que as que aparecem
no vídeo assistem à sessão de
tortura.
O episódio lembra o que ocorreu
no Rio de Janeiro no dia 31 de
janeiro, quando um adolescente
de 15 anos foi encontrado nu
acorrentado pelo pescoço a um
poste com uma tranca de bicicleta.
Ele foi agredido a pauladas por um
grupo encapuzado e, segundo
moradores, fazia parte de uma
quadrilha que praticava assaltos na
Zona Sul.
Segundo o secretário de segurança
pública do estado do Piauí, Robert
Rios, o caso está sendo investigado
pela Delegacia Geral da Polícia
Civil do Piauí. Ele nega que haja
qualquer grupo de justiceiro no
estado. “Não tem grupo de
justiceiro aqui no Piauí e ninguém
nem sabe se isso é verdade. Quem
está acompanhando esse caso é o
delegado geral da Polícia Civil do
Piauí, James Guerra. Eu não sei de
nada, nem vi nada”, declarou.
O presidente da comissão de
segurança pública da OAB-PI, Lúcio
Tadeu, acompanhou com tristeza o
episódio de tortura. “Eu entendo q
isso é um crime. Além de benefício
arbitrário, tem crime de tortura aí
também. Eu acho que o presidente
da comissão de direitos humanos
da OAB-PI, Francisco Campelo, tem
que pedir a investigação mesmo
porque, depois, esse tipo de coisa
se volta contra a própria
sociedade”, reforçou.
Lúcio Tadeu chama atenção para a
falta de investimentos na
segurança pública. Para ele, isso
pode explicar a sensação de
insegurança da população e o
maior registro de casos de
vingança ou justiça com as
próprias mãos nos últimos meses
no Piauí. “Eu atribuo à sensação
de insegurança por que o país
passa e a sociedade sente. De
Norte a Sul, o país se reclama
disso. E é cada vez menos
investimento pra segurança. A
segurança pública é o patinho feio.
Enquanto não houver uma política
de estado, permaneceremos no
problema”, ressaltou.
pés atados, circula no youtube
e mostra um rapaz sendo atirado a
um formigueiro. O episódio de
tortura, cuja data e autor é
desconhecida, teria acontecido em
Teresina e é protagonizado por
outros homens que estariam se
vingando de um jovem que teria
roubado uma casa na região. O
caso chamou a atenção da
comissão de defesa dos direitos
humanos da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB), seccional Piauí,
que resolveu encaminhar, ainda
nesta semana, uma denúncia ao
Ministério Público Estadual (MPE) e
solicitar uma investigação.
Na gravação, os homens ironizam o
torturado: “Agora ‘tu’ lembra de
Deus, é?” O homem aparece com o
rosto inchado e gritando de dor,
como mostra o vídeo gravado pelos
autores da tortura que seriam
integrantes de um grupo de
justiceiros que se intitula 'Apoio
policial'. O áudio sugere que mais
pessoas do que as que aparecem
no vídeo assistem à sessão de
tortura.
O episódio lembra o que ocorreu
no Rio de Janeiro no dia 31 de
janeiro, quando um adolescente
de 15 anos foi encontrado nu
acorrentado pelo pescoço a um
poste com uma tranca de bicicleta.
Ele foi agredido a pauladas por um
grupo encapuzado e, segundo
moradores, fazia parte de uma
quadrilha que praticava assaltos na
Zona Sul.
Segundo o secretário de segurança
pública do estado do Piauí, Robert
Rios, o caso está sendo investigado
pela Delegacia Geral da Polícia
Civil do Piauí. Ele nega que haja
qualquer grupo de justiceiro no
estado. “Não tem grupo de
justiceiro aqui no Piauí e ninguém
nem sabe se isso é verdade. Quem
está acompanhando esse caso é o
delegado geral da Polícia Civil do
Piauí, James Guerra. Eu não sei de
nada, nem vi nada”, declarou.
O presidente da comissão de
segurança pública da OAB-PI, Lúcio
Tadeu, acompanhou com tristeza o
episódio de tortura. “Eu entendo q
isso é um crime. Além de benefício
arbitrário, tem crime de tortura aí
também. Eu acho que o presidente
da comissão de direitos humanos
da OAB-PI, Francisco Campelo, tem
que pedir a investigação mesmo
porque, depois, esse tipo de coisa
se volta contra a própria
sociedade”, reforçou.
Lúcio Tadeu chama atenção para a
falta de investimentos na
segurança pública. Para ele, isso
pode explicar a sensação de
insegurança da população e o
maior registro de casos de
vingança ou justiça com as
próprias mãos nos últimos meses
no Piauí. “Eu atribuo à sensação
de insegurança por que o país
passa e a sociedade sente. De
Norte a Sul, o país se reclama
disso. E é cada vez menos
investimento pra segurança. A
segurança pública é o patinho feio.
Enquanto não houver uma política
de estado, permaneceremos no
problema”, ressaltou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário