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31 de mar. de 2014

SEMITERIO NO PIAUÍ TEM PEDAGIO COBRADO POR TRAFICANRES

Pessoas que têm parentes
enterrados no cemitério municipal
Santa Cruz, na região do bairro
Promorar, na Zona Sul de Teresina,
denunciam que o local parece
abandonado pelos órgãos públicos.
Segundo os familiares dos mortos,
para realizar sepultamento de algum
ente querido, as pessoas têm que
pagar pedágio para traficantes e
usuários de drogas da região.
A aposentada Maria Argelina falou
que há quinze dias, quando foi ao
sepultamento de uma amiga,
homens armados exigiram dinheiro
das pessoas para que o cortejo fosse
autorizado a passar. “Eu vim aqui
para enterrar minha amiga e dois
homens em uma moto, e de arma
em punho, disseram que para passar
todos teriam que pagar; para não
morrer tivemos que pagar. Levaram
meu celular e um pouco de dinheiro
que tinha no bolso. Precisamos de
mais segurança aqui dentro”,
relatou a aposentada.
Deolindo de Sousa, também foi
vítima dos bandidos. Segundo ele,
um grupo de pessoas armadas fica
circulando pelos túmulos e ao
encontrar alguém eles exigem
dinheiro. “Eles andam com facas e
revólver ameaçando quem estiver no
local. Os bandidos dizem que quem
não pagar morre, dessa forma somos
obrigados a dar todo o dinheiro e
celular”, contou Sousa.
O aposentado disse ainda que o
mato alto dificulta a localização dos
túmulos e causa constrangimento.
“Dá o maior desgosto você ir visitar
um ente querido e se deparar com
essa situação. É revoltante o descaso
com a população. Evito trazer
objetos de valor porque aqui tem
muitos ladrões”, reclamou Deolindo,
que vai ao cemitério constantemente
visitar o túmulo da mãe.
Já Romana Bonfim, que foi visitar
seu marido enterrado no local, disse
que para ter acesso ao túmulo tem
que pagar para uma pessoa para
limpar o espaço. “Está difícil
encontrar as lápides, além disso, não
tem ninguém para quem possamos
reclamar ou pedir ajuda, assim
decidi pagar uma pessoa para fazer
uma limpeza aqui”, contou a
mulher.
Segundo Romana, a prefeitura, que
deveria manter o local limpo, não
está fazendo sua parte. “De vez em
quando a prefeitura até vem e
arruma, mas pouco tempo depois
está tudo igual de novo”, relatou a
aposentada.
Sobre a falta de segurança e a
cobrança de pedágio o comandante
de Policiamento da capital, Coronel
Alberto Meneses, disse desconhecer
a denúncia, que o local já é
patrulhado por policiais do 6º
Batalhão da Polícia Militar e que
intensificará as rondas dentro e fora
do cemitério.
Já sobre a falta de limpeza no
Cemitério Santa Cruz, a equipe de
reportagem do G não conseguiu falar
com ninguém da Superintendência
de Desenvolvimento Urbano Sul
(SDU/Sul).

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