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26 de mar. de 2015

No PI, agricultura familiar sobrevive graças as ‘barragens subterrâneas’

 agricultor José Teixeira Gomes, 62, morador do município de Jaicós, distante 379 km de Teresina, ganhou há cerca de um ano um aliado na batalha para conseguir água para a agricultura. Uma barragem feita embaixo do solo ajuda a reter a água da chuva, possibilitando o cultivo.
reportagem percorreu mais de mil quilômetros entre os Estados do Ceará, do Piauí e de Pernambuco em busca de exemplos de como é possível driblar a escassez de água. As experiências podem servir de lição para a região Sudeste, que enfrenta uma grave crise de falta de água desde o começo de 2014.
Barragem é uma construção feita em rios para juntar água, acima do nível do chão. A de seu Gomes, no entanto, fica embaixo da terra e tem um propósito diferente.
Chamada de ‘barragem subterrânea’, ela consiste numa barreira de lona plástica colocada sob o solo em uma área baixa, que acumula água no período de chuva. A ideia é impedir que essa água escorra, com isso, elaconsegue encharcar o terreno.lona2.pngEssa tecnologia também inclui uma espécie de muro baixo de cimento, ao lado da barreira, por onde o excesso de água escoa, evitando assim que a área fique inundada.
“A barragem subterrânea é feita não para acúmulo de água, e sim para que a água [da chuva] possa bater no sangradouro e infiltrar. É como se fosse um lençol freático”, explica Antônio Walisson de Souza, da Cáritas Piauí, entidade que ajuda os agricultores na construção dessas barragens.
Com a terra molhada, seu Gomes pode cultivar frutas e verduras. “Toda vida eu plantei meus pedaços de roça só na época do inverno [quando chove]. Na época do verão, não plantava nada por falta de água”, lembra.lona1.pngQuando o período chuvoso termina, ele consegue irrigar as plantas com a água que acumula em um poço erguido perto das barreiras, previsto no projeto da barragem. A água entra no tanque por meio de pequenas fendas.
O custo da “barragem subterrânea” é de cerca de R$ 5.000 e demora quatro dias para ser construída. Existem cerca de 2.240 unidades no semiárido nordestino, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

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