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11 de mar. de 2019

Sem cemitério de aviões no país,veja como é o fim da vida de aeronaves

Os aviões têm um ciclo de vida bem mais longo quando comparados a um carro, por exemplo. Um avião pode voar por décadas sem nenhum problema, desde que faça testes de segurança e siga padrões internacionais de manutenção e revisão. Ainda assim, chega um dia em que os aviões não podem mais voar, seja pelo fim de sua vida útil, por danos severos ou, até mesmo, desinteresse dos proprietários.
Aviões da extinta Transbrasil estão há anos no pátio do aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília (Crédito: Luiz Silveira/Agência CNJ)
Quando um avião 'morre'?

Segundo a legislação brasileira, uma aeronave "deixa de existir" com o cancelamento de seu registro junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), quando o dono ou o operador requisita isso, ou quando a aeronave é abandonada ou danificada. Esse pode ser considerado o fim burocrático da aeronave, mas nem sempre ela é destruída.

Veja os principais destinos dos aviões e de suas peças após o encerramento de sua vida útil:

– Abandono: o avião fica abandonado até virar sucata, como ocorre em alguns aeroportos e aeroclubes.

Leilão: o avião pode ser leiloado e encontrar um novo dono. Porém, como esse processo pode demorar bastante, muitos aviões acabam virando sucata. Isso ocorreu com várias aeronaves das falidas Vasp (Viação Aérea São Paulo) e Transbrasil, que tiveram poucas peças reaproveitadas enquanto esperavam por um novo destino.

– Desmonte: as aeronaves podem ter suas peças reaproveitadas em outras situações, como painéis de navegação ou hélices. Em nota, a Anac diz que não reconhece empresas de desmanche de aeronaves e que a remoção de peças fora de serviço, com a intenção de reutilizá-las, deve ser feita somente por pessoas certificadas em oficinas homologadas.

– Decoração:
 muitos aficionados da aviação costumam guardar peças de aeronaves como elementos de decoração. Um dos principais exemplos é a utilização de hélices de aeronaves expostas em salas de casas e bares.

– Venda para fora do Brasil: 
segundo Lito Sousa, especialista aeronáutico e autor do livro "Onde Morrem os Aviões" [sobre a experiência do autor em levar os aviões Electra aposentados da falida Varig para o Zaire], algumas aeronaves são vendidas para países mais pobres. "Após um determinado número de pousos, a manutenção fica muito cara, o que inviabiliza o uso. Em países em desenvolvimento, os aviões ainda podem voar por um tempo sem a devida fiscalização", disse Sousa.

– Doação: muitas aeronaves também são doadas para museus, onde ficam expostas com finalidades pedagógicas, ou para aeroportos, com a finalidade de servirem, entre outros motivos, para treinamento de equipes.
Cemitérios de aviões

Em países como Inglaterra, Estados Unidos, Austrália e Espanha, existem estruturas conhecidas como "cemitérios de aviões". Ali, os mais diversos tipos de aeronave aguardam uma destinação final, como voltar a operar com um novo dono ou o desmanche.

Como nem todos vão para esses locais para serem destruídos, já que podem voltar a voar, o termo mais correto seria "depósito de aviões". Quando há uma crise no mercado aeronáutico, por exemplo, recolhem-se os aviões a esses lugares para serem reativados depois, quando a procura voltar a subir.

O Brasil não tem nenhum cemitério de aviões, mas há diversos locais onde é possível encontrar aviões abandonados –como aeroportos, hangares e aeroclubes. Um dos motivos para isso, segundo especialistas, é o baixo número de aeronaves em circulação em comparação com outros países.

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