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10 de fev. de 2020

Faturamento das exportações piauienses cai 43% por causa do coronavírus



As exportações do Piauí para a China caíram 43% em janeiro deste ano quando comparado ao mesmo mês do ano passado, devido à epidemia do coronavírus. Maior importador do Piauí e do Brasil, a China enfrenta um problema de saúde pública que repercute em todo o mundo e tem preocupado os empresários e produtores piauienses. 
Por aqui, as exportações já vinham caindo em virtude da desaceleração do crescimento chinês e do conflito entre o país oriental e os Estados Unidos. Em 2019, a queda nas exportações piauienses foi de 23,1%. A soja triturada, principal produto exportado, caiu 30,6%. 

Segundo o gerente de Estudos e Pesquisas Econômicas da Cepro, Fernando Galvão, em 2018, a China respondia por 80% das exportações piauienses. Em 2019, a participação chinesa nas nossas exportações caiu para 68% - isso ainda antes do problema trazido pelo coronavírus. 

O reflexo do novo vírus foi percebido já no primeiro mês do ano. Em janeiro de 2018, as exportações do Piauí somaram US$ 27,34 milhões . Em janeiro de 2020, esse número caiu para US$ 15,6 milhões - uma queda de 43% no faturamento.

"A soja triturada responde por quase 80% das nossas exportações, por isso tem sofrido o maior impacto. Depois da soja, vem a cera vegetal, que responde por 7,9%. No Brasil, os números caíram, mas em menor proporção. No Piauí, a queda foi bem mais forte", diz Galvão.

No Brasil, a queda no faturamento das exportações de soja para a China foi de 8,76%. 
Empresários preocupados

Há uma grande preocupação também quanto as importações. Mais de 57% dos produtos importados para o Piauí vêm da China. O empresário Júnior Albuquerque lidera uma empresa que recebe entre 7 e 10 containeres por mês vindos da China, com componentes para climatizadores e caixas de som, além de peças de fibra, LED e placas solares.

Os produtos que chegaram nesta semana saíram da fábrica há 3 meses, mas com 98% dos operadores chineses em casa, sem poderem trabalhar, não há previsão para a chegada da nova remessa. O empresário explica que há produtos prontos para colocar no navio, mas não há pessoas para abrir a fábrica na China para entregar a mercadoria. 

Ele também vai ao país oriental duas vezes por ano, mas já cancelou a viagem que faria em abril porque o escritório da empresa lá está fechado por determinação do governo.


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