Risco na pandemia: quase 20% das famílias de Teresina moram em favelas; 8ª maior taxa do país - Barra d Alcântara News

últimas

Post Top Ad

Post Top Ad

EM BREVE, SUA EMPRESA AQUI

22 de mai. de 2020

Risco na pandemia: quase 20% das famílias de Teresina moram em favelas; 8ª maior taxa do país



A cidade de Teresina tem 19,54% das famílias, ou quase um quinto dos moradores, vivendo em comunidades carentes ou favelas, segundo o mapeamento de Aglomerados Subnormais 2019, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Segundo a pesquisa, esses locais têm difícil acesso a serviços de saúde e a grande quantidade de pessoas vivendo aglomeradas pode facilitar a transmissão do novo coronavírus.
Favelas | Olhar Imagem

"Além de Teresina, apenas Picos e Parnaíba possuem Aglomerados Subnormais no Piauí, mas em proporções bastante inferiores. Picos possui 117 domicílios ocupados nessas áreas, o que representa 0,50% do total de residências do município; já em Parnaíba, há 187 lares habitados em Aglomerados Subnormais, o que equivale a 0,45% do total de domicílios da cidade", diz a pesquisa.





A pesquisa explica que as comunidades estão localizadas em áreas denominadas tecnicamente de "Aglomerados Subnormais", que são caracterizadas pela ocupação irregular, urbanização fora dos padrões, carência de serviços públicos essenciais e por apresentarem restrições à moradia. "Popularmente, são conhecidas como favelas, invasões, comunidades, loteamentos, vilas, etc", informa.


De acordo com a pesquisa, a cidade com maior taxa do país é Belém, no Pará, em que 54% dos domicílios estão em favelas ou comunidades carentes. A cidade com menor taxa do país é Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde a taxa é de pouco mais de 1%.



O IBGE destacou que a divulgação do foi antecipada para fornecer informações que ajudem no enfrentamento da pandemia de Covid-19. "Muitos desses locais possuem alta densidade de edificações, o que dificulta o isolamento social e pode facilitar a disseminação do coronavírus", destaca.




Taxa no Piauí é de 5%




A pesquisa também contabilizou os dados do interior do estado. Segundo a publicação, existem 50.382 domicílios piauienses que se localizam em comunidades carentes ou favelas, o que representa 5,5% do número total de domicílios habitados do estado (917.414).


A Unidade da Federação que possui maior proporção é o Amazonas, com 34,6%. O Mato Grosso do Sul vem em último lugar, com 0,7%. Em todo o país, foram identificados 5 milhões de domicílios em Aglomerados Subnormais, o que equivale a 7,8% do total de lares brasileiros.




Acesso a atendimento médico




A pesquisa revelou ainda que moradores dessas comunidades de Teresina percorrem 1,6 quilômetros, em média, até o hospital mais próximo na busca por atendimento. A pesquisa considera hospitais os estabelecimentos de saúde com suporte de observação e internação.


O maior deslocamento da população dessas comunidades carentes até um hospital é o dos habitantes do Residencial Torquato Neto, na Zona Sul da capital. O mais próximo é a Unidade de Pronto Atendimento 24h do bairro Promorar, distante cerca de 6,8 km.


Com relação às UBSs, em Picos o maior deslocamento também é o dos moradores do conjunto Tapera, que percorrem cerca de 3 km. E, em Parnaíba, novamente os habitantes da Comunidade Mãe Rainha enfrentam as maiores distâncias, aproximadamente 1,8 km.




Decretos determinam distanciamento social




Para evitar a contaminação pelo vírus, o isolamento social e medidas emergenciais foram determinadas por meio de decretos do governo do estado e das prefeituras, como na capital piauiense, para que a população fique em casa e evite ao máximo ir às ruas. Aulas em escolas e universidades, a maioria das atividades comerciais, esportivas e de serviços em geral estão suspensas por tempo indeterminado.



Serviços essenciais como farmácias, postos de combustíveis e supermercados continuam mantidos mas estão regulamentados. O atendimento em clínicas, hospitais e laboratórios, assim como o funcionamento de escritórios de advocacia e contábeis também foram liberados mediante cumprimento de regras.


O uso de máscaras em locais públicos tornou-se obrigatório em todo o estado. Policiais fazem abordagens nas fronteiras do estado a ônibus e veículos particulares. Os decretos preveem que quem descumprir as regras pode ser penalizado com multa ou até prisão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário