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27 de jun. de 2020

Sem SUS, pacientes pagariam R$ 63 mil por leitos no Piauí


O preço dos gastos de um dia de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Piauí custa entre R$ 2 mil a R$ 3 mil. Um paciente em tratamento de Covid-19 passa internado, em média, 20 a 21 dias, até receber a alta médica. Ao final do tratamento, ele teria que desembolsar R$ 63 mil para custear o tratamento médico contra o coronavírus em uma UTI. Esse é o valor pago pelo poder público por cada paciente internado na UTI, excluindo os gastos com o serviço Monitora Covid, a assistência da Vigilância Sanitária e o atendimento de urgência e emergência em uma unidade de saúde.

Se não fosse o Sistema Único de Saúde (SUS), a primeira paciente internada com Covid-19 no Distrito Federal (DF), que passou 105 dias internada na UTI, pagaria R$ 315 mil apenas pelo tratamento na Unidade de Terapia Intensiva.

Em Seattle, nos Estados Unidos, um homem de 70 anos recebeu uma conta de US$ 1,1 milhão (ou R$ 5,5 milhões) do hospital onde se tratou de Covid-19, de acordo com o jornal “The Seattle Times”. Michael Flor ficou 62 dias internado no Centro Médico Sueco em Issaquah e esteve à beira da morte. 


O americano se recuperava bem em sua casa quando recebeu a conta com 181 páginas descrevendo os procedimentos médicos aos quais foi submetido ao longo da internação e o valor exato de US$ 1.122.501,04 (mais de R$ 5,5 milhões). Flor ficou assustado com a conta e disse que seu “coração quase parou pela segunda vez”, segundo relato do jornal. 

Porém, como ele possui seguros de saúde, incluindo o Medicare, ele não precisará pagar a maior parte do valor.

Entre outros gastos, a diária no quarto da UTI custava US$ 9.736 (mais de R$ 49 mil). Apenas profissionais da saúde com roupas de proteção podiam entrar no quarto do isolamento onde ele ficou por 42 dias - o que custou US$ 408.912 (R$ 2 milhões). O gasto com a utilização do ventilador mecânico por 29 dias, que custa US$ 2.835 (mais de R$ 14,3 mil) por dia, totalizou US$ 82.215 (mais de R$ 415 mil).



Cerca de um quarto da conta são gastos com medicamentos. Os procedimentos feitos nos dois dias em que seu coração, rins e pulmões estavam falhando são descritos em 20 páginas de gastos, que totalizaram em US$ 100 mil (mais de R$ 500 mil).

Voltando à realidade brasileira, onde milhões de brasileiros dependem do SUS para receberem atendimento à saúde, muitos morreriam por não terem condições financeiras para custearem o tratamento. 


Para o Governador Wellington Dias, a comparação da situação de um paciente com Covid-19 do Piauí com um paciente com a mesma doença nos Estados Unidos, onde a saúde é privatizada, mostra como o SUS do Brasil é “extraordinário e se mostra tão justo e eficaz em uma pandemia como a da Covid-19”.

Wellington Dias, Governador do Piauí, destaca importância do SUS na luta contra a Covid-19 | FOTO: DIVULGAÇÃO




“Isso mostra como o Sistema Único de Saúde é extraordinário e isso se revela em uma epidemia como a da Covid-19, quando se verifica que as pessoas são atendidas de forma humana e igualitária. É extraordinário porque vemos pessoas ricas e pessoas muito pobres podendo ser atendidas de forma humana e adequada em qualquer situação de sua enfermidade pelo Sistema Único de Saúde ", declarou Wellington Dias.


"Tragédia da Covid-19 seria maior sem o SUS", diz o presidente da FMS de Teresina


Teresina é referência de saúde pública no Norte e Nordeste do Brasil e para o Presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) da capital do Piauí, Manoel de Moura, além de cuidar da sua população, Teresina recebe pacientes do interior do Piauí e de outros estados, que vêm em busca dos bons serviços nas mais diversas áreas. 

Manoel de Moura ressalta que a pandemia do coronavírus é um novo desafio para a gestão da saúde. Ele lembrou que antes de confirmar os primeiros casos da Covid-19, a Fundação Municipal de Saúde de Teresina já criava bases sólidas para enfrentamento da doença. "Foram desenvolvidas várias estratégias para que a população pudesse contar com atendimento público a que tem direito. Precisamos enaltecer as ações do SUS, que abrangem outras atividades de proteção à saúde além da área assistencial" , afirmou Manoel de Moura.

Presidente da FMS, Manoel de Moura | FOTO: DIVULGAÇÃO




Para o presidente da FMS de Teresina, a tragédia em decorrência do vírus seria maior se não tivéssemos o Sistema Público de Saúde universal e presente em todo país.


A Fundação Municipal de Saúde fez um balanço das ações em saúde no enfrentamento ao coronavírus em Teresina. Entre as principais medidas, estão a construção de três hospitais de campanha para atender pacientes com Covid-19, a seleção temporária de 676 profissionais, a reformatação da rede pública de saúde e a aquisição de equipamentos.


O presidente da FMS informou que a necessidade de atendimento em saúde cresceu exponencialmente no Brasil.

“Sabendo disso, a gestão estruturou toda a rede e definiu várias estratégias para evitar que as pessoas ficassem sem atendimento. O enfrentamento sério e organizado da pandemia fez com que Teresina figurasse entre as capitais do Nordeste com menor número de óbitos”. (E.R.)

Ação antecipada e planejada contra o coronavírus

Em Teresina, o registro dos três primeiros casos de Covid-19 ocorreu em 19 de março e a FMS já criava bases sólidas ao enfrentamento da doença. Antes dessa data, foi decretada emergência em saúde pública na capital e a Diretoria de Vigilância em Saúde já tinha iniciado discussões com órgãos estaduais, municipais e Infraero sobre o plano de contingência, além de já ter criado fluxos e montado o Comitê COE.

Cláudia Glauciene, Diretora de Planejamento da FMS, destacou a ampliação da capacidade de atendimento hospitalar com a construção de 3 hospitais de Campanha, estruturas temporárias para atendimento de casos suspeitos ou confirmados da Covid-19. “O Hospital Padre Pedro Balzi já está em funcionamento. Há ainda o hospital no Lar da Fraternidade e o que fica anexo ao HUT, que estão em construção”.


Em relação ao trabalho da rede hospitalar, a diretora de Atenção Especializada, Jesus Mousinho, explicou que foi reorganizada a rede pré-hospitalar e hospitalar, para garantir atendimento. “Foi reestruturado o hospital do Monte Castelo, o HUT e a maternidade do Promorar para assistência a pacientes com Covid-19. Ocorreu a ampliação dos leitos de UTI no HUT e a criação de leitos de UTI no Hospital do Monte Castelo, além de ter havido a contratação da saúde suplementar”.


A rápida transmissão do coronavírus motivou a gestão a setorizar o atendimento: foi definido que 23 Unidades Básicas de Saúde (UBS) seriam exclusivas ao atendimento de pessoas com sintomas gripais, evitando a proliferação do vírus. “Essas UBSs passaram a funcionar no turno da noite e todos os dias da semana. As outras 68 Unidades continuaram atendendo pessoas com outros problemas básicos de saúde”, explicou o diretor de Atenção Básica, Kledson Batista. (E.R.)

FOTO: DIVULGAÇÃO

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