O incêndio que atingiu 16 lojas do Shopping da Cidade, na noite desta segunda-feira (10) em Teresina, deixou vários prejuízos e os proprietários das lojas arrasados. O local estava fechado desde março e foi exatamente nessa segunda-feira, data da retomada das atividades, que tudo aconteceu.
Com o tempo que passaram parados, os proprietários das lojas fizeram altos investimentos para que pudessem atender da melhor forma os clientes durante o retorno das atividades e agora vão amargar vários prejuízos.
A lojista Maria do Socorro Oliveira Alencar, mais conhecida como Loura, tinha quatro boxes que juntos formavam a loja “Shoppinho das Crianças”. Ela explicou que fez um investimento de R$ 300 mil em mercadorias na reabertura da loja e agora perdeu tudo.
“É uma coisa tão triste a gente ver as nossas coisas se acabando e não poder socorrer. A minha mercadoria estava toda ali, a gente começou a trabalhar ontem e estávamos com uma alegria danada, vieram muitas pessoas ontem. Tínhamos uns R$ 300 mil em mercadorias. A gente estava há 11 anos aqui, primeiro começamos no calçadão e depois viemos para o shopping. O que eu passei ontem, não quero para ninguém nesse mundo”, lamentou.
O especialista no conserto de relógios, Nicomedes Vicente de Brito, de 72 anos, explicou que investiu R$ 60 mil em produtos para a sua loja, onde ele vende e conserta relógios. Ele trabalha há 40 anos na área. “Um prejuízo que a gente não sabe com quem vai ficar. Eu não tenho seguro e vamos esperar o que vão dizer para a gente. Ninguém pode se desesperar, não podemos fazer nada, temos que nos conformar. O incêndio atingiu a parte frontal da praça, então nós que vamos ficar com um prejuízo imenso para nós que somos trabalhadores. Agora, eu investi [nesse retorno] R$ 60 mil em mercadoria, fora os produtos que já tinham lá”, afirmou.
O coordenador do Shopping da Cidade, Denis Loureiro, afirmou que a equipe da Prefeitura de Teresina ainda vai se reunir para adotar alguma medida com o objetivo de poder auxiliar os trabalhadores que tiveram suas lojas atingidas, mas ainda não há um plano a ser adotado inicialmente. “Ninguém esperava por isso, é uma fatalidade. Nunca tinha acontecido isso no nosso shopping. Agora, se tiver que mudar a estrutura, vai mudar, para o nosso comodatário estar seguro”, pontuou.
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