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3 de set. de 2020

Iniciativa muda o panorama da agricultura familiar no semiárido do PI


Na lendária composição musical "Os Sertões (1976)", os versos escritos por Edeon de Paula citavam "a terra é seca, mal se pode cultivar… a vida é triste nesse lugar". Quase 45 anos depois, no semiárido piauiense, mais especificamente na comunidade Novo Zabelê, zona rural de São Raimundo Nonato, por meio da agricultura familiar, a terra ganha vida e num contraste intrigante, as árvores cinzentas pelo pico da seca convivem em harmonia com plantações verdes e exuberantes, provando que a realidade do sertão pode sim ser modificada. E a tristeza… essa ficou no passado!

Projeto Orgânicos Zabelê - Foto: Raíssa Morais

O projeto ‘Orgânicos Zabelê’, ancorado pela Apaspi (Associação dos Produtores Produtoras Agroecológicos do Semiárido Piauiense) na comunidade, promove a inclusão social, oferecendo aos moradores a possibilidade de conquistarem a subsistência através da agricultura, mantendo parcerias com a Prefeitura, Governo Federal e participando de pregões eletrônicos, os pequenos produtores hoje conseguem a renda necessária, sem precisar deixar o seu lar, o seu torrão em busca de uma vida melhor.

A mudança positiva na realidade local é sintetizada pelo produtor Edmilton Ribeiro Nunes, que reverbera a importância do "Orgânicos Zabelê" para sua família. Ele, que antigamente trabalhava como roceiro e pedreiro, lidava com uma rotina extenuante, hoje, vive com mais tranquilidade e tem tempo para aproveitar o aconchego familiar, e acima de tudo, passou a valorizar ainda mais a natureza; a riqueza que vem do solo.


O produtor relata que até mesmo a margem de lucro melhorou com a iniciativa, seja positivo também para o consumidor. "Melhorou bastante, até o preço do produto melhorou, porque vendemos diretamente ao consumidor, não tem mais o atravessador", disse.


Comunidade fica em São Raimundo Nonato - Foto: Raíssa Morais


Representante do Grupo Novo Zabelê na Apaspi, Maria de Fátima Sousa, explica como o trabalho é desenvolvido na comunidade, tendo em vista que o assentamento existe desde 1997, mas a associação foi criada apenas em 2012, e desde então vem inserindo no dia a dia local um novo panorama: um panorama muito mais vívido e acalentador.

"A ideia da associação surgiu em 2010 com o propósito de produzir algodão orgânico, em 2012 a gente formalizou a associação e em 2013 recebemos o certificado, credenciamento de produtor orgânico do Ministério da Agricultura. Nos organizamos a grupos e começamos em 2017 a comercializar para os programas institucionais, programas do Governo, através de pregão eletrônico, passamos a produzir para o Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar tanto do Instituto Federal, quanto da Prefeitura de São Raimundo Nonato", assinalou.

As entregas dos produtos, dentre os quais estão tomate, coentro, melancia, maracujá, abóbora, ocorre às terças-feiras, todas as verduras e frutas produzidas seguem os parâmetros exigidos para a certificação dos orgânicos; esbanjando saúde e beleza.

A felicidade que brota da agricultura

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