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23 de set. de 2020

País tem menor cobertura vacinal em 20 anos e cresce o risco do retorno de doenças ASSISTA

 

Dados do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, revelam que o Brasil teve a menor cobertura vacinal em 20 anos. Nos últimos anos, a adesão sido cada vez menor e agora atingiu apenas 61% do público-alvo. Juarez Cunha, presidente da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm), alerta que o risco de retorno de doenças eliminadas ou controladas é enorme devido a baixa cobertura de vacinação. 

"A exemplo do sarampo que estava eliminado desde 2016, mas voltou em 2018. Com 20 mil casos nos últimos dois anos e agora com mais de 8 mil casos notificados em 21 estados do país. É uma doença facilmente prevenível por vacina segura, eficaz e gratuita, mas que, infelizmente, nossa cobertura é muito baixa. Isso é só um exemplo de uma das doenças que pode retornar. Temos várias outras eliminadas, outras controladas e nosso receio é que o que aconteceu com o sarampo possa acontecer com outras. Em especial agora com o retorno da mobilidade das pessoas e o retorno das aulas que vai impactar mais ainda com situação de outros vírus e bactérias", disse Cunha. 

O presidente da SBIm elenca uma série de fatores que contribuem para a diminuição do número de vacinados ano a ano. Na avaliação entra ainda a pandemia da Covid-19.

"Já era observado uma queda das coberturas vacinais. O próprio Ministério da Saúde já fazia um alerta há alguns anos dessas quedas que aconteciam por uma série de motivos como a falsa de segurança de que doenças que não acontecem mais ou são pouco frequentes, os pais não valorizam, acham que não precisam mais vacinar os filhos; o medo de reações adversas; a falta de vacina; o horário de vacina nas unidades de saúde; o calendário que é muito completo, mas muito complexo com quase 20 vacinas. São uma série de fatores que já estavam dificultando a cobertura e nisso entra também a desinformação e as fake news que também já vinha crescente", elenca o presidente da SBIm.

O médico ressalta que as vacinas disponíveis são seguras e reforça a importância de imunização do público-alvo, de acordo com cada vacina, para a saúde individual e coletiva. 

"O importante é levar crianças e também os adultos às unidades de saúde para colocar tudo em dia. Temos uma campanha de multivacinação do Ministério da Saúde em outubro que também vai ser fundamental que as pessoas participem. Em especial com a possibilidade de retorno das aulas. As crianças têm que ter a vacinação porque o risco é muito maior de contraírem doenças que podem ser evitadas", disse Juarez Cunha.


Graciane Sousa
gracianesousa@cidadeverde.com

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