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19 de out. de 2020

Vacina Coronavac apresenta baixa taxa de reação adversa, diz governo de SP



O governo de São Paulo anunciou nesta segunda-feira (19) que a vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, teve os menores índices de reação adversa em comparação com outros imunizantes contra o novo coronavírus.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, o sintoma mais frequente nos testes com 9 mil voluntários brasileiros foi dor no local da punção, relatada por 18% das pessoas testadas, considerando tanto os que receberam a vacina quanto os que receberam placebo.


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“As outras reações foram absolutamente insignificantes do ponto de vista estatístico. O que chamamos de reações adversas sistêmicas, a mais frequente é dor de cabeça, que pode estar relacionada à vacina ou não. Os demais efeitos são muito baixos, menos de 5%”, disse Covas, em entrevista no Palácio dos Bandeirantes.



O diretor do Butantan disse ainda que entre as 12 mil doses da Coronavac já aplicadas nos voluntários, houve ocorrência de algum tipo de efeito colateral em 35% delas, o que ele disse ser baixo já que nas demais vacinas em fase 3 de estudos clínicos esse dado não seria inferior a 70%.

"Todas as demais tiveram efeito colateral grau 3, os mais importantes quando se avalia uma vacina. A vacina do Butantan não teve", afirmou.

Ele citou como exemplo a apresentação de febre, relatada por 0,1% dos voluntários que receberam uma ou duas doses da Coronavac. Nas demais vacinas, esse sintoma foi relatado por, no mínimo, 18% dos participantes.
Principais reações adversas apresentadas pelos voluntários que receberam a CoronavacFoto: Divulgação/ Governo de SP

"Os primeiros resultados do estudo clínico realizado no Brasil comprovam que entre todas s vacinas testadas no país a Coronavac é a vacina mais segura, a que apresenta melhores e mais promissores índices no Brasil", disse o governador João Doria (PSDB).

"Até aqui, a Coronavac, a vacina do Butantan, apresentou menor índice de efeitos adversos e melhores resultados. A vacina é, portanto, a mais promissora e avançada, no momento, no Brasil", completou.

A primeira fase de testes clínicos da Coronavac no Brasil terminou na sexta-feira (16) Os resultados já entraram no banco de dados de acompanhamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é alimentado em tempo real.

O estudo foi iniciado em 21 de julho e prevê a participação total de 13 mil voluntários, todos profissionais da saúde que atuam no atendimento a pacientes com Covid-19. Eles são acompanhados por 16 centros de pesquisa distribuídos em sete estados e no Distrito Federal.

A partir deste mês, a testagem do imunizante contra o novo coronavírus será ampliada para voluntários idosos, portadores de comorbidades e gestantes.

Desconfiança com a Coronavac

Apesar dos resultados positivos apresentados pelo governo de São Paulo, pesquisa realizada pelo Instituto Real Time Big Data, encomendada pela CNN Brasil, mostra que quase metade dos brasileiros (46%) afirma que não tomaria uma vacina contra a Covid-19 de origem chinesa.

A rejeição a um imunizante chinês é maior do que de origem russa, rejeitada por 38% dos entrevistados, de Oxford (Reino Unido) ou dos EUA/Alemanha, ambos com rejeição de 22%.


Para a microbiologista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Natália Pasternak, esse dado é resultado de uma "politização em cima da vacina", e é importante se atentar para que este movimento não atrapalhe as campanhas vacinais.

A especialista reforçou ainda que todas as vacinas "são igualmente promissoras". "Não há motivos para ter medo de uma ou de outra e, principalmente, não há motivos para confiar mais em uma, do que em outra. Elas são igualmente promissoras. Não há motivo para esta desconfiança", explicou em entrevista à CNN.

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