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28 de mar. de 2021

Profissionais do hospital de Floriano acusam vereador de invadir setor covid e aplicar injeção em paciente

 Foto: Montagem

O vereador de Floriano, Ancelmo Jorge Soares da Silva, é acusado de ter invadido o setor covid-19 do Hospital Regional Tibério Nunes. De acordo com denúncia feita pelos profissionais de saúde do setor, o vereador, que é enfermeiro e já foi diretor do hospital, teria entrado sem permissão no setor durante os dias 22 e 23 de março e aplicado uma injeção no paciente Chagas de Oliveira.

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Ancelmo Jorge é servidor do hospital, mas encontra-se afastado das atividades por ser vereador. O Hospital registrou um boletim de ocorrência contra o vereador. Os profissionais de saúde do setor também fizeram uma denúncia ao Conselho Regional de Enfermagem. Eles denunciam uma tentativa de interferência no protocolo de tratamento do doente. O hospital também divulgou uma nota de repúdio contra o vereador. 

O paciente é empresário, tem 51 anos, e estaria em estado grave e foi intubado. Os dois seriam amigos e, segundo funcionário do hospital ouvido pelo CidadeVerde.com, o vereador estaria pressionando os profissionais do setor no tratamento do paciente.

Em coletiva de imprensa, a coordenadora do setor Covid-19 do hospital, Márcia Dias, afirmou que apesar das dificuldades estruturais enfrentadas pelo hospital, os pacientes internados no setor estão recebendo tratamento de acordo com o protocolo adotado no estado.

“Estamos consternados com a situação em relação ao trabalho dos servidores do setor covid-19. São profissionais éticos presentes nos plantões. Trabalhamos com os recursos em mãos para o melhor atendimento. De repente nos vimos confrontados e nosso serviço colocado em xeque. Sabemos das limitações que trabalhamos, limitações de infraestrutura e do serviço como um todo, dentro do ofertado, trabalhos com o protocolo estabelecido”, destacou.

Segundo a coordenadora, o hospital possui dificuldade de acesso a medicamentos para entubação dos pacientes. Mas ela afirma que os  medicamentos em falta estão sendo substituídos por outros. Segundo o hospital, sem riscos para o paciente. 

“Atravessamos um período crítico de medicação. Não é apenas do hospital, é nacional. Dificuldade de aquisição da medicação porque não se encontra disponível no mercado. Estamos conseguindo trabalhar, nenhuma medicação é insubstituível, existem opções. Nenhum paciente ficou no prejuízo. Trabalhamos com limitações, mas dentro do possível. Fazemos um excelente trabalho”, disse. 

A reportagem tentou ouvir o vereador Ancelmo Jorge, mas não conseguiu contato. O espaço continua aberto para esclarecimentos. 

Lídia Brito

redacao@cidadeverde.com

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