Circula pelas redes sociais o vídeo de uma médica que diz que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou e dobrou a dose recomendada de Ivermectina para tratamento da Covid-19, mas essa informações é falsa.
A Anvisa não liberou a Ivermectina para uso em casos de Covid-19, como diz a médica. O que a agência decidiu, em setembro do ano passado, foi dispensar a retenção de receita para compra do remédio nas farmácias.
"Verificou-se que os medicamentos Ivermectina e Nitazoxanida, no momento, não se encontram sob ameaça de desabastecimento de mercado. A alteração foi adotada visando garantir o acesso da população ao tratamento de verminoses e parasitoses bastante conhecidas e bem significativas", disse a agência, na ocasião.
A decisão de reter as receitas tinha sido tomada em julho porque a procura pelo medicamento para "prevenir" a Covid causou uma grande procura por ele e levou à falta do remédio nas farmácias, preocupando pacientes que precisavam dele para tratar doenças causadas por vermes e parasitas para as quais ele é receitado. Já a Covid-19 é causada por um vírus.
A Ivermectina faz parte do chamado "kit covid", que consiste em uma série de medicamentos sem eficácia contra a doença, mas que, mesmo assim, têm sido defendidos e receitados por alguns médicos. Esse kit, também chamado de tratamento precoce, é criticado por médicos e entidades médicas brasileiras e internacionais pois não há, até o momento, remédio capaz de prevenir a infecção pela doença, ao contrário do que dizem os defensores do kit.
A Anvisa esclarece que o uso da Ivermectina é indicado apenas para as finalidades que constam de sua bula. E a Covid-19 não é uma das doenças para as quais o remédio tem eficácia comprovada.
Ivermectina - Foto: Divulgação
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