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2 de mai. de 2021

Com Pai Nosso, bolsonaristas incentivam presidente a atacar STF, governadores e prefeitos

 Foto: Isac Nóbrega/PR

Bolsonaristas vestindo verde e amarelo, se reúnem na avenida Paulista, em São Paulo, neste sábado (1º) em uma manifestação de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pela defesa da abertura do comércio sem restrição durante a pandemia e contra o STF (Supremo Tribunal Federal), governadores e prefeitos que fazem oposição ao governo federal.  A mobilização paulista faz parte de um evento nacional. Capitais como Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e Fortaleza, além de cidades de interior, também foram palco das manifestações.
Tradicionalmente, quem ia às ruas no 1º de maio, Dia do Trabalhador, eram as centrais sindicais que, por segurança, organizaram encontros virtuais pelo segundo ano consecutivo por causa da pandemia.

Na Paulista, os presentes entoam várias palavras de ordem. "Nós te autorizamos, presidente", é uma das delas. Éder Câmara de Oliveira, voluntário que coletava assinaturas para a criação do partido Aliança pelo Brasil, disse à reportagem que "esse é o momento em que os brasileiros autorizam o presidente a seguir a Constituição contra os que não a seguem: o STF, os governadores e os o prefeitos. O presidente precisa botar ordem". O evento, sem estimativa de público, também defende o voto impresso, seguindo declarações infundadas contra a urna eletrônica que o presidente vem fazendo desde antes de ser eleito.

Também critica as medidas como o fechamento de estabelecimentos comerciais para conter a contágio durante a pandemia, outra alternativa igualmente refutada por Bolsonaro, apesar de o fechamento dos estabelecimento ser uma medida que contém o alastramento do vírus que matou mais de 400 mil pessoas no Brasil.

Em um caminhão parado em frente ao prédio da Fiesp, um dos participantes do protesto avisou que "o presidente está chegando". A chegada de Bolsonaro é aguardada em São Paulo, apesar de o presidente estar em Brasília (DF), onde já sobrevoou a manifestação na Esplanada dos Ministérios. Em seguida, o público rezou o Pai Nosso é a Ave Maria. Um pastor leu uma passagem da Bíblia e, outro, que assumiu o microfone pouco depois, afirmou que "crente não tem medo de morrer", referindo-se às milhares de pessoas que participam do ato, aglomeradas e muitas sem máscara. "Prefiro morrer de Covid do que de tristeza", disse ele, que foi aplaudido. Após pedir que o público se ajoelhasse, o pastor começou a gritar ofensas ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB). "Doria maligno" foi um gritos do pastor, que criticou as medidas restritivas impostas no estado.

Além de protestar contra essas medidas, o protesto pede intervenção militar e o "fim do comunismo". As orações incomodaram participantes do ato. "Isso aqui não é missa. Eu vim para apoiar o presidente", diz uma participante da manifestação. Ela, que não quis se identificar, estava atrás do caminhão de som estacionado em frente ao prédio da Fiesp. Com ela, outros apoiadores de Jair Bolsonaro reclamavam da presença de pastores em cima do veículo. Houve um princípio de tumulto.

Em Salvador, os manifestantes fizeram uma marcha na avenida Oceânica entre o Farol da Barra o monumento do Cristo, área que se tronou um ponto tradicional de manifestações de grupos de direita na Bahia.

Os manifestantes cantaram músicas de protesto e também fizeram uma roda de orações pelas vítimas da Covid-19 no Brasil. Entre as principais pautas do movimento, destacam-se a defesa do voto impresso, o apoio do presidente Jair Bolsonaro, além de críticas a medidas restritivas como forma de combate à pandemia.

"Viemos apoiar o presidente Bolsonaro nessa luta insana que ele está travando contra o sistema" disse Cezar Leite, ex-vereador em Salvador e representante do movimento Médicos Pelo Brasil.

No protesto, manifestantes vestidos de verde e amarelo carregaram faixas com a mensagem "presidente, eu autorizo". De acordo com Cezar Leite, a mensagem é um incentivo ao presidente para agir de acordo com o que acredita, mas não defende ações fora da legalidade nem da Constituição. "Não somos a favor de intervenção militar. Seria até mesmo falta de inteligência defender intervenção quando temo o presidente no governo. Não defendemos nada fora da Constituição", diz leite.

Além do Médicos pelo Brasil, participaram do ato movimento como o Nas Ruas, Avança Brasil e o Direita Salvador. No Rio de Janeiro, os manifestantes aliados ao presidente tomaram as ruas na avenida Atlântica, na altura de Copacabana. Em sua maioria, estavam vestidos de verde e amarelo e carregavam bandeiras e cartazes.

Um pequeno grupo no Rio levou faixas defendendo "intervenção militar com Bolsonaro no poder" e intervenção militar no Supremo Tribunal Federal e investigação dos ministros da Corte.
Os manifestantes não respeitaram medidas de distanciamento e não usava máscaras de proteção contra a Covid-19.

Em Fortaleza, manifestantes realizaram uma carreata em apoio ao presidente e contra as medidas restritivas. Também houve críticas ao governador Camilo Santana (PT). O protesto saiu da avenida Aguanambi em direção à a BR-116, na saída da cidade.

A manifestação também foi em formato de carreata em Porto Alegre, onde os motoristas saíram da Rótula das Cuias até o Parcão, no bairro Moinhos de Vento. Além da defesa do presidente, houve pedidos de intervenção militar e críticas ao governador Eduardo Leite (PSDB).

Na capital mineira, onde houve passeata e carreata, manifestantes carregavam faixas com as mensagens "o poder emana do povo", "eu autorizo" e "faça o que deve ser feito".


Fonte: Folhapress 

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