Presidente da CPI lamenta Pazuello poder ficar calado: "Peça importante" - Barra d Alcântara News

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17 de mai. de 2021

Presidente da CPI lamenta Pazuello poder ficar calado: "Peça importante"



O presidente da CPI da COVID, senador Omar Aziz (PSD-AM), concedeu uma entrevista na manhã desta segunda-feira, 17 de maio, ao programa Diálogo Franco, da TV Jornal e falou sobre os próximos passos de análise da Comissão Parlamentar que entra na terceira semana de depoimentos.

O ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo prestará depoimento nesta terça-feira (18), às 9h. Os requerimentos de convocação foram apresentados pelos senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que querem explicações sobre a condução da diplomacia brasileira durante a crise sanitária provocada pela covid-19.


“Vamos querer saber o papel dele na compra das vacinas porque nós tivemos acesso a documentos de correspondências que foram feitas para comprar Cloroquina e nós queremos saber qual foi a ingerência dele para compra de vacina, qual foi o papel dele nesse momento. Em relação aos insumos tanto a Fundação Oswaldo Cruz como o Butantan não tem mais insumos para produzir vacina no Brasil, isso atrasa a vacinação. O Brasil é um país que tem relações boas com todos os países do mundo, um dos maiores parceiros comerciais que nós temos é a China inclusive, e a gente não entende o motivo dessa situação. O que nós detectamos é que o governo nunca teve interessado em comprar vacina, infelizmente não era essa a intenção dele, a intenção dele era usar a imunização de rebanho, protocolo que tem remédios achando que com isso nós íamos evitar mortes e isso não aconteceu, é muito ruim para o país”, declarou.


Senador falou sobre próximos depoimentos e direito de Pazuello ficar calado - Foto: Reprodução


Após a conclusão da segunda semana de depoimentos, o presidente da comissão considera que já está provado que o governo do presidente Jair Bolsonaro negligenciou a compra de vacinas. “O Brasil recebeu uma correspondência da Pfizer no dia 12 de setembro de 2020 e dois meses depois através do Fabio Wajngarten é que fez o primeiro contato, uma pessoa totalmente alheia a isso, sendo que quem recebeu essa correspondência foi o Presidente da República, o Vice-Presidente, o Ministro da Saúde, Ministro da Economia, Ministro Braga Neto e o embaixador dos EUA, nenhum desses teve o menor interesse de entrar em contato para saber as condições de compra. Veio com discurso agora que a vacina não estava aprovada pela Anvisa, o Brasil fez um acordo com a vacina indiana e a vacina indiana até hoje não foi aprovada pela Anvisa , se nos tivéssemos feito isso em setembro do ano passado, nós teríamos já em dezembro de 2020, 1,5 milhão de vacinas e agora nós teríamos mais de 18 milhões de vacinas coisa que está fazendo falta a população brasileira”, disse.


O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu um habeas corpus preventivo ao ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em função do depoimento marcado para a próxima quarta-feira (19), na CPI da covid-19 no Senado que lhe concede o direito de ficar calado.

Com relação a isso, Omar Aziz lamentou: “Vamos deixar de ter algumas informações que poderemos ter em outros depoimentos, então é uma estratégia, nós vamos usar uma estratégia de saber quem ordenou, quem comprou, quem orientou, mas ele não vai responder sobre ele, é uma pena porque é a peça mais importante, o período mais longo que alguém assumiu o Ministério da Saúde foi o Pazuello e ele era uma pessoa que poderia dar muitas informações não só para a CPI, mas para o Brasil. Falar sobre a situação daqui mesmo, do Amazonas, inclusive eu quero agradecer ao povo do Piauí que foi o primeiro estado que abriu as suas portas para pacientes amazonenses, é um gesto que comoveu o Brasil. Sou muito grato aos profissionais de saúde do Piauí e isso fica marcado na história, essa relação nordestino com nortista que sempre foi muito boa”, acrescentou.




Senador Omar Aziz concede entrevista ao programa Diálogo Franco - Foto: Reprodução

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