A pandemia do novo coronavírus afetou um detalhe importante da saúde pública piauiense: a cobertura vacinal. Os números trazem um alerta aos pais para quem fiquem atentos ao caderno de vacinação dos filhos. Além disso, pessoas com direito a vacinas distribuídas gratuitamente pelo SUS devem estar atentas ao calendário vacinal.
A imunização com as vacinas que protegem contra a poliomielite e hepatite B, por exemplo, são importantes para evitar que doenças consideradas erradicadas voltem à realidade dos hospitais. Como é o caso do sarampo. A doença não tinha registros em Teresina desde 2011, mas em 2019 um homem de 52 anos foi diagnostificado, além de uma criança de Campo Grande do Piauí.
Vacina contra a poliomielite é essencial para garantir a segurança das crianças. Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil.
De acordo com a médica Amariles Borba, diretora de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, as vacinas são essenciais para o combate às doenças. “O último caso de poliomielite foi registrado no Brasil em 1989. No entanto, os vírus continuam circulando no mundo, com o risco de serem reintroduzidos por meio de viajantes e imigrantes”, alerta.
Dados do Piauí
No Piauí, a cobertura das vacinas do calendário vacinal básico é de 70%, sendo que o índice estabelecido pelo Ministério da Saúde é de 95% para cada público-alvo. No ano de 2020, devido à pandemia, houve uma redução de todas as coberturas em relação ao ano de 2019.
Os dados são do informativo publicado pela Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), obtidos a partir das informações do calendário infantil, que contempla a maior parte das vacinas.
Cobertura vacinal de 2020 no Piauí:
BCG - 76,19%
Rotavírus - 72,47%
Hepatite B - 72,23%
Meningocócica C - 74,97%
Pentavalente - 60,95%
Poliomielite - 71,45%
Hepatite A - 73,18%
Pneumocócica 10 - 73,82%
Tríplice viral D1 - 76,79%
Tríplice Viral D2 - 51,28%
DTP - 71,43%
dT/dTpa gestante - 27,52%.
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