Foto: Roberta Aline / Cidadeverde.com
Os motoristas e cobradores do transporte público em Teresina aprovaram, durante assembleia da categoria nesta quinta (14), a paralisação do setor na próxima segunda-feira (18). A informação foi confirmada ao Cidadeverde.com pelo presidente do Sintetro (Sindicato dos Trabalhadores Em Empresas de Transportes Rodoviários), Ajuri Dias.
“Os empresários não querem assinar o nosso acordo de convenção coletiva. Eles querem pagar horistas e não mensalistas. Com o nosso salário reduzido, fica sem condições”, lamentou Ajuri Dias sobre a situação a qual os trabalhadores da categoria têm passado.
Representantes da categoria dos trabalhadores do transporte coletivo estiveram reunidos com os empresários do setor na última terça-feira (12), no prédio do Setut (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina), Centro Sul de Teresina. A reunião foi fechada e durou cerca de 1h30.
Entre as reivindicações dos motoristas e cobradores do transporte coletivo de Teresina estão a manutenção do salário integral no valor de R$ 2.039, o pagamento dos tickets no valor de R$ 611, plano de saúde para os trabalhadores do setor e a assinatura da convenção coletiva da categoria.
Atualmente, os motoristas e cobradores na capital piauiense que estão na ativa têm recebido o salário através de diárias, o que para eles não é interessante. Os trabalhadores querem o salário integral para que o retorno dos ônibus aconteça em Teresina. A categoria defende o valor de R$ 2.039,00 para os motoristas e R$ 1.288,00 para os cobradores. Além disso, reivindicam também a volta do ticket alimentação, plano de saúde e a jornada de trabalho de 7h20.
Setut diz que não há previsão para assinatura
Não existe uma previsão para que os empresários da capital assinem a Convenção Coletiva cobrada por motoristas e cobradores de ônibus. O diretor financeiro do Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), Vinicius Rufino, defendeu nesta quinta-feira (14) que é preciso aguardar a retomada de passageiros ao serviço para que se possa dialogar sobre questões trabalhistas com a categoria.
Vinicius Rufino avaliou que mesmo com o incremento de 40% na frota de ônibus, ainda não se verificou aumento na demanda de passageiros. Para ele, é preciso ter uma base concreta de dados, para então dar início ao debate. A reivindicação da classe trabalhadora dos motoristas e cobradores é pela garantia de salários, benefícios -plano de saúde e tickct de alimentação.
“Estamos passando por um momento de evolução, não dá para conversar ainda sobre questões contratuais, salariais. Falo disso para futuro, para questões de definição. Ainda precisamos deixar o sistema retomar para poder ter uma base concreta de avançar”, afirmou.
Foto: Paula Sampaio
Questionado sobre a ameaça de deflação de greve feita presidente Sindicato dos Trabalhadores Em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), Ajuri Dias, caso a Convenção não seja assinada, o diretor do Setut pediu “parcimônia”, ou seja, ação de economia, aos trabalhadores e acrescentou que é necessária a clareza de que “todos estão no mesmo barco”.
“Esse é um momento de parcimônia, de haver um bom senso, compreensão, de que estamos todos no mesmo barco. Falar neste tipo de movimentação… precisamos deixar o carro andar um pouquinho para saber como será esse retorno do passageiro. Mas, é uma questão de cada. Não temos o controle sobre a decisão de cada um”, frisou.
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