Antes vendidos principalmente em mercados e lojas de beleza, os produtos para clareamento da pele explodiram em sua disponibilidade online e hoje são difundidos em todas as principais plataformas de mídia social.
No Facebook e no Instagram, os perfis vendem cremes e soros que prometem uma pele mais clara, mas oferecem poucas informações sobre os produtos em si, enquanto no YouTube e no TikTok você pode encontrar milhares de tutoriais de pessoas promovendo produtos potentes ou remédios caseiros sem qualificações que apoiem suas reivindicações.
Só no TikTok, a hashtag #skinwhitening tem mais de 254 milhões de visualizações, enquanto #skinlightening tem outros 62 milhões.
“A mídia social se tornou a ferramenta mais poderosa no momento para a venda de produtos para clareamento da pele”, diz Anita Benson, dermatologista nigeriana e fundadora da Iniciativa Embrace Melanin para combater o colorismo e práticas prejudiciais de clareamento da pele na África.
Ao longo dos anos, Benson tratou muitas pessoas com problemas de pele após o uso e uso indevido de produtos de clareamento da pele, incluindo muitas mulheres que os compraram nas mídias sociais. Ela está preocupada que as plataformas de mídia social estejam ajudando as pessoas a perpetuar os ideais coloristas — a crença de que a pele mais clara está associada à beleza, sucesso e muitas vezes também à riqueza — e que agora também estão fornecendo um mercado para os produtos agirem de acordo com esses ideais.
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