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13 de out. de 2022

Como se proteger de golpes em aplicativos de relacionamento



Foto: Arquivo/Cidadeverde.com


Duas pessoas se conhecem, conversam por dias, se encontram e iniciam um relacionamento. Esse é o intuito de desenvolvedores de aplicativos de relacionamento, como o Tinder. No entanto, vem se tornando cada vez mais comum o uso dessas plataformas por criminosos para a aplicação de golpes.

Se aproveitando da boa vontade do pretendente, golpistas, muitas vezes por meio de perfis falsos, manipulam ou aliciam seu alvo para pedir dinheiro ou obter informações pessoais que facilitem movimentações financeiras em nome da vítima.

Casos assim ficaram famosos após serem retratados no documentário "O Golpista do Tinder", da Netflix, no qual um homem seduzia mulheres para, em seguida, afirmar que estava sendo perseguido por inimigos e, por isso, precisava de ajuda financeira.

Também há situações que envolvem sequestro. Foi o que aconteceu na última semana com um engenheiro de 33 anos, em São Paulo. O homem foi feito refém após marcar um encontro através de um aplicativo de relacionamento e resgatado pela polícia após mais de 24 horas em cativeiro.

Um homem de 27 anos foi preso por extorsão e associação criminosa.

Já em fevereiro, um gerente de atendimento 52 anos ficou cerca de duas horas em um cativeiro na zona norte de São Paulo, após ir a um encontro por meio de um aplicativo de namoro. A vítima relatou ter sido abordada por dois criminosos ao chegar à portaria do prédio indicado nas mensagens.

A vítima foi levada no próprio carro até a favela da Capadócia, na Brasilândia. Os ladrões realizaram saques e transferências via Pix no valor de R$ 3.500 enquanto o homem era rendido.

Casos de extorsão mediante sequestro dispararam neste ano na capital paulista e na Grande São Paulo. Parte desse aumento, segundo a polícia, está ligada a episódios em que criminosos utilizam perfis falsos em aplicativos de namoro para atrair as vítimas.

COMO SE PROTEGER?

Carlos Rafael Gimenes das Neves, mestre em engenharia eletrônica e computação e professor do curso de sistemas da informação da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), diz que os usuários de aplicativos de relacionamento devem ser discretos. "Esconder bens, como carros e até a fachada da casa, e não colocar fotos em viagens caras ajuda bastante", afirma Neves.

O professor diz que os golpistas selecionam seus alvos através de informações como bairro, escolaridade e profissão, muitas vezes expostas nos perfis de aplicativos.

"Acho que dá para falar sobre muita coisa, mas a primeira que eu diria é para se atentar ao quanto você se expõe. Qual a necessidade de colocar uma foto da sua viagem internacional? Do seu carro importado? Em que bairro você vive? Isso é isca para criminosos", alerta Neves.

Sobre encontros presenciais, o professor elenca algumas precauções a serem tomadas. "Vasculhe a vida da pessoa. Pode parecer um pouco exagerado, mas não é. Procure os perfis em redes sociais, veja pessoas conhecidas etc. E, antes do encontro, faça chamadas por vídeo. Tenha certeza de que está conversando com alguém real".

Mesmo tomando todas as precauções, é impossível ter certeza sobre a índole de quem está do outro lado da tela. "Por isso, se for se encontrar com alguém, compartilhe os perfis, contatos e todas as informações que tiver do seu pretendente com amigos, colegas e familiares. Mesmo que o encontro seja sigiloso, compartilhe com alguém de confiança", orienta.

O Tinder, principal plataforma de relacionamento do país com mais de 10 milhões de usuários, diz estar atento à segurança de seus usuários. A plataforma elenca algumas dicas de segurança, como não ter pressa, encontrar com seu possível par em locais públicos movimentados, contar seus planos a amigos e parentes e não deixar bebidas e itens pessoais expostos.

"E mais importante: se você se sentir desconfortável, vá embora. Não tem problema terminar o encontro antes do esperado se você estiver se sentindo desconfortável. Na realidade, é melhor fazer isso. E se sua intuição lhe disser que há algo errado ou se você não se sentir em segurança, peça ajuda", diz a plataforma em manifestação encaminhada à Folha de S.Paulo.

O aplicativo também disponibiliza suporte para usuários que sejam vítimas de comportamentos suspeitos e ofensivos.



Fonte: Folhapress (Bruno Lucca)

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