Atendendo uma solicitação da Prefeitura de Teresina, o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) elaborou uma proposta de revitalização do Centro da capital. Em entrevista ao Jornal do Piauí nesta sexta-feira (5), Guilherme Fortes, presidente da entidade, apresentou mais detalhes acerca das iniciativas previstas no Programa “Centro Vivo”.
Na oportunidade, o empresário pontuou que o objetivo é criar condições para incentivar a habitação do Centro. Para isso, o Sinduscon realizou uma pesquisa de mercado, quantificando todos os imóveis da região em cinco categorias: prédio residencial, prédio público, prédio inabitado, patrimônio histórico e casa abandonada.
"Habitação é a solução. Não há solução para os centros ou quaisquer outros bairros que não seja habitação [...] Conseguimos traçar uma radiografia desses imóveis, se tinha algum detentor de imóveis que, em volume maior inviabiliza os negócios no Centro, se tínhamos condições de gerar negócios habitacionais ou seja, terrenos disponíveis”, explicou Fortes.
O programa estabelece faixas de incentivos para empreendimentos voltados para novas unidades habitacionais no Centro, sem necessariamente reduzir a capacidade de arrecadação do município. “Para este projeto de habitação, com comércio embaixo, esses produtos novos durante um prazo de dez anos tem incentivos para pessoas que querem residir no Centro”, ressaltou.
Foto: Cidadeverde.com
Alguns dos pilares do Programa “Centro Vivo” prevêem ações que podem ser desenvolvidas pela iniciativa privada sem a intervenção de entes públicos voltados para a melhoria da mobilidade urbana e serviços mais atrativos no turno da noite, como restaurantes e lanchonetes. Além disso, a proposta não interfere no patrimônio histórico da cidade.
Recentemente a diretoria do Sinduscon solicitou do prefeito Dr. Pessoa (Republicanos) a renovação da regulamentação do Programa Minha Casa Minha Vida, que permite a disponibilização de habitação de interesse social com rapidez e bem-estar social para as famílias em situação de vulnerabilidade econômica, que também serão contempladas pelo Programa “Centro Vivo”.
"É importante entender que o centro é de todos e para todos. Então nele podem ser desenvolvidos programas habitacionais da faixa um, que são produtos muito subsidiados, e produtos de mercado, que são os outros itens do Minha Casa Minha Vida, para venda para qualquer outra pessoa. A construção civil tem a capacidade de valorizar o entorno absurdamente. Na hora que tiver o primeiro empreendimento num local, aquele entorno se valoriza, ele gera segurança”, concluiu o empresário.
Breno Moreno
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