Um dia após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
ter afirmado que Israel teria aceitado o cessar-fogo de 60 dias com o Hamas,
autoridades do grupo que controla a Faixa de Gaza afirmam que estão 'prontas'
para o cessar-fogo, mas apenas se ele terminar a guerra.
O oficial do Hamas, Taher al-Nunu, disse que o grupo
militante estava 'pronto e sério em relação a chegar a um acordo'. Segundo ele,
o Hamas está pronto para 'aceitar qualquer iniciativa que claramente levasse ao
fim completo da guerra'. As informações são da Associated Press.
Uma delegação do grupo deve se reunir nesta quarta-feira (2)
com mediadores do Egito e do Catar em Cairo para discutir a proposta
apresentada por Trump.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que
Israel concordou com os termos para um cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza.
O acordo ainda precisa ser ajustado e assinado pelas partes.
O Hamas ainda não se pronunciou sobre o assunto. Trump acrescentou que espera
que o Hamas aceite o novo acordo. Caso o grupo rejeite, a situação só irá
piorar, disse o líder.
Em uma rede social, o republicano também declarou que a
proposta final está sendo elaborada pelo Catar e pelo Egito. A medida deve ser
apresentada nos próximos dias.
O presidente americano confirmou que representantes americanos
tiveram uma longa reunião com autoridades israelenses na terça-feira para
tratar do tema.
Esse não é o primeiro acordo entre Tel Aviv e Gaza. Um breve
cessar-fogo de 40 dias foi estabelecido entre janeiro e março de 2025. No
entanto, Israel retomou os ataques logo após o fim do prazo.
Durante a trégua, o Hamas devolveu reféns e o governo
israelense concordou em libertar prisioneiros palestinos.
A guerra na Faixa de Gaza começou em 7 de outubro de 2023.
Terroristas liderados pelo Hamas invadiram Israel e mataram cerca de mil e 200
pessoas. Ao todo, 251 foram feitas reféns. A maioria civis.
Desde então, a campanha militar de Israel matou mais de 56
mil palestinos, conforme autoridades controladas pelo Hamas.
Grande parte do território de Gaza foi devastado. A maioria
da população Palestina precisou ser deslocada das regiões afetadas.