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1 de abr. de 2014

MULHERES AGREDIDAS NO PIAUÍ

Mais de três mil mulheres
piauienses continuam desprotegidas,
após a promessa de aquisição do
dispositivo eletrônico conhecido
como 'botão do pânico' ainda
continuar no papel. O equipamento
chegou a ser lançado no ano
passado pela Corregedoria de
Justiça, mas seis meses depois nada
foi feito.
A vítima de violência, que não quis
ser identificada, conta ter sofrido
agressões e até queimaduras pela
ex-companheira. Mesmo após o fim
da relação, ela não deixou de ser
ameaçada e fala do medo que sofre
ao sair na rua. "A minha ex ligou
para minha casa dizendo para eu
não postar foto com ninguém nas
redes sociais. Tenho medo constante,
sempre saio acompanhada com
parentes, amigos ou quando vou só
prefiro ficar em lugares que tenham
bastante movimentação, porque
qualquer coisa eu corro", relatou.
Em setembro do ano passado, o
Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI)
anunciou que iria adotar o portão do
pânico no apoio as mulheres vítimas
de violência. O equipamento
funciona como um pedido de socorro
eletrônico em caso de risco. O
corregedor geral de Justiça da época,
Paes Landim, chegou a assinar o
termo de aquisição do dispositivo.
Para a implantação do sistema seria
necessário além do investimento nos
equipamentos, a implantação de
uma Central de Monitoramento, com
patrulha específica para atender
estes casos. De acordo com o TJ-PI,
os recursos para tais investimentos
seriam de responsabilidade do
governo do estado ou das
prefeituras.
A promotora de Defesa da Mulher,
Maria do Amparo de Sousa, destacou
que o aparelho com sistema de
gravação de audio comprovaria o
descumprimendo da medida
protetiva pelo agressor. "Mostraria
que ele se aproximou da vítima
naquela quilometragem proibida",
acrescentou.
No Juizado de Violência Doméstica e
Familiar contra a Mulher são cinco
mil processos em andamento.
Segundo o juiz titular, José olindo
barbosa, o equipamento poderia dar
uma segurança bem maior as
vítimas, inclusive se comparado a
tornozeleira eletrônica. Dados do
Juizado da Mulher mostram que os
perfis mais comuns das mulheres
que precisariam utilizar o botão do
pânico são: vítimas de maridos
inconformados com o fim da relação
e filhos que tentam extorquir as
mães para comprar entorpecentes.
A Corregedoria de Justiça informou
que sugeriu um termo de cooperação
para implantação do programa e que
faltam recursos para execução. A
assessoria de comunicação da
Secretaria de Justiça do estado disse
que o órgão ainda não foi notificada.
Já na Coordenadoria da Mulher de
Teresina ninguém foi encontrado
para comentar sobre o caso.

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