Após 10 meses, mãe de jovem morto em protesto diz que perda foi em vão
Paulo Patrick foi atropelado durante manifestação em junho de 2013 no PI.
Elis Regina não se conforma e diz que Dia das Mães nunca será o mesmo.
“Tínhamos a esperança de que a morte do Paulo servisse para mudar alguma coisa em Teresina porque ele participava de um movimento nacional que buscava melhorias para nossa cidade, mas após 10 meses de sua morte vemos que a luta dele foi em vão. Agora ficou só a saudade". A declaração é da pedagoga Elis Regina Sena, mãe do adolescente Paulo Patrick, de 14 anos, que morreu após ser atropelado por um táxi em Teresina durante uma das várias manifestações que percorreram o país em junho do ano passado.
A morte repentina do adolescente fez Elis Regina mudar hábitos e endereço. Ela conta que sempre trabalhou nos três turnos e reservava os fins de semana para estar ao lado dos filhos, mas por conta da ausência de Paulo Patrick passou a trabalhar também nos sábados e domingos. “É difícil ficar em casa e ver que ele não estava ali. Então decidi que iria trabalhar de domingo a domingo porque assim minha mente estaria ocupada”, contou.
Segundo a irmã de Paulo Patrik, Morgana Sena, a família teve que mudar de residência em março deste ano porque a figura do irmão era muito marcante. “Em cada canto víamos a imagem do Paulo, pois ele gostava de escrever nas paredes de casa. Além disso, no quintal havia um pé de amêndoas que ele plantou e tivemos que mudar de casa, pois caso contrário não teríamos condições de viver”, relatou.
A pedagoga afirmou que Paulo Patrick era o filho mais novo e mais carinhoso. Em alguns álbuns de fotografia, ela guarda as lembranças feitas por ele na escola durante a infância.
As medalhas que o adolescente conquistou pela Seleção Piauiense de Handebol são os objetos que mais lembram o filho e diminuem um pouco a ausência.
A pedagoga afirmou que Paulo Patrick era o filho mais novo e mais carinhoso. Em alguns álbuns de fotografia, ela guarda as lembranças feitas por ele na escola durante a infância.
“Gosto de ficar olhando para as medalhas porque assim sinto a presença do meu filho. Agora no Dia das Mães eu não irei receber mais estes mimos. Meu filho era tão carinhoso, nós trocávamos mensagem todos os dias e sempre dizia que me amava", lembra emocionada.
Entenda o caso
Em junho de 2013 aconteceram várias manifestações pelo país, onde multidões foram às ruas pedir melhorias nas áreas da educação, saúde e transporte público. EmTeresina, no dia 26 de junho, o protesto encerrou com o atropelamento de Paulo Patrick. Durante 10 dias, ele permaneceu internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular e teve morte encefálica decretada no dia 6 de julho.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, Paulo Patrick foi atropelado por um táxi quando pulou na frente do veículo no fim da manifestação, quando a Ponte Juscelino Kubitschek no sentido Centro/Leste já havia sido liberada.
Em junho de 2013 aconteceram várias manifestações pelo país, onde multidões foram às ruas pedir melhorias nas áreas da educação, saúde e transporte público. EmTeresina, no dia 26 de junho, o protesto encerrou com o atropelamento de Paulo Patrick. Durante 10 dias, ele permaneceu internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular e teve morte encefálica decretada no dia 6 de julho.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, Paulo Patrick foi atropelado por um táxi quando pulou na frente do veículo no fim da manifestação, quando a Ponte Juscelino Kubitschek no sentido Centro/Leste já havia sido liberada.