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1 de ago. de 2014

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01/08/2014 06h04 - Atualizado em 01/08/2014 06h42

Disparos violam trégua em Gaza, mas Israel e Hamas trocam acusações

Trégua humanitária começou às 8h locais (2h de Brasília).
Segundo autoridades locais, 25 pessoas morreram em ataque em Rafah.

Do G1, em São Paulo
Fumaça é vista sobre prédios após ataque em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta sexta-feira (1º). Segundo médicos, um bombardeio israelense matou 8 pessoas na região após o início de um cessar-fogo humanitário nesta manhã (Foto: Said Khatib/AFP)Fumaça é vista sobre prédios após ataque em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta sexta-feira (1º). Segundo médicos, um bombardeio israelense deixou mortos na região após o início de um cessar-fogo humanitário nesta manhã (Foto: Said Khatib/AFP)
Fumaça na Faixa de Gaza nesta sexta-feira (1º) indica, segundo a agência internacional de notícias France Presse (AFP), que tiros de blindados desrespeitaram a trégua de 72 horas acordada por Israel e o Hamas na região. Israelenses e palestinos negam ataques e trocam acusações sobre violação do cessar-fogo de 3 dias.
O governo israelense acusou o movimento islamista e seus aliados de “violação flagrante” do cessar-fogo em Gaza, menos de quatro horas após o início da trégua, às 2h (de Brasília), diz a AFP.
Mas fontes médicas palestinas indicaram à mesma AFP que pouco antes oito palestinos foram mortos em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, após disparos de tanques. Antes, o Hamas informou à agência de notícias que o ataque havia deixado quatro mortos.
Já a Reuters, citando o Ministério do Interior Palestino, diz que pelo menos 25 pessoas morreram no ataque em Rafah.
O cessar-fogo de 72 horas entre Israel e o Hamas começou às 2h desta sexta na Faixa de Gaza. Oanúncio da trégua foi feito pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, na noite de quinta (31).
Pouco antes do início da trégua, foram registradas 14 mortes em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, informou o porta-voz dos serviços de emergência no território palestino, Achraf al-Qudra.
Oito palestinos de uma mesma família morreram por disparos de tanques israelenses contra uma casa de Khan Yunis, incluindo uma mulher e três crianças, precisou Al-Qudra.
Em outra ação contra a mesma cidade, a aviação de Israel matou mais seis palestinos.
Desde o dia 8 de julho, quando Israel iniciou seus ataques, os serviços de emergência da Faixa de Gaza já computaram 1.464 palestinos mortos e mais de 8.200 feridos, a ampla maioria civis.
No total, 61 militares morreram desde o início dos combates, em 8 de julho. Cinco mortes ocorreram nesta quinta, segundo o Exército.
Acordo
A "trégua humanitária incondicional" foi acordada entre Israel e o grupo palestino Hamas, informou a agência de notícias Reuters.
O comunicado assinado por Ban Ki-moon e John Kerry diz que "forças em terra permanecerão em seus lugares" durante a trégua, o que sugere que os soldados israelenses não deixarão Gaza. O porta-voz do Hamas e o gabinete do primeiro-ministro de Israel confirmaram que aceitaram a trégua.

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