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1 de mar. de 2015

M ITOS DO FACEBOOK

Um vídeo postado no Facebook em fevereiro deste ano ganhou repercussão na rede social pelo seu conteúdo apelativo. Nele, um jovem de 20 anos pedia ajuda para enfrentar uma grave doença: a leucemia. Magro, abatido e com uma história comovente, Zacarias Gondim implorava por dinheiro para custear o tratamento em São Paulo. Com a rapidez típica da internet, a campanha ganhou grandes proporções e comoveu os usuários da rede. Amigos, conhecidos e gente que nunca tinha visto o rapaz, que é amante do skate, começaram a colaborar como podiam. Tinha tudo para a ação ser sucesso e o resultado almejado alcançado, como tantos apelos que circulam diariamente nas redes sociais e com final feliz. O que ninguém imaginava, era que tudo não passava de uma farsa. Apesar de o caso ainda não ter sido totalmente esclarecido, já que o rapaz continua a alegar que está doente, o skatista passou de mocinho a vilão. A rede social usada como arma para enganar voltou-se contra ele com um poder ainda maior: o de execrar.O caso em questão, apesar de ser inédito no Piauí, é mais comum do que se imagina e serve de alerta para quem faz das redes sociais uma espécie de segunda casa. É o que alerta o especialista em marketing digital, Leandro Hipólito.
“O caso do skatista não é uma novidade de golpe. É um crime previsto no Código Penal, o famoso artigo 171 (estelionato - crime pelo qual será indiciado), porém, desta vez, foi aplicado pelos meios digitais. Outra coisa que não é novidade é a forma utilizada para a aplicação do golpe: crowdfunding. O crowdfunding é a versão digital do que já é conhecido como “vaquinha”, em que um grupo de pessoas financia a realização de algo, que pode ser desde um churrasco entre amigos até uma causa social ou individual, como foi o caso do skatista”, explica.
Especialista alerta para uso das redes sociais (Foto:Arquivo Pessoal)Para o especialista, os meios digitais são apenas um reflexo do que a sociedade já faz no seu dia a dia. Um exemplo muito comum de golpe é a falsidade ideológica (pessoa se passando por outra).
“O golpe, fora dos meios digitais pode ser para a compra de um automóvel, por exemplo. Já na internet, no mesmo sentido, a criação de perfis falsos nas redes sociais pode ser no intuito de enganar outros usuários para obter alguma vantagem financeira para si. Outro caso de perfis falsos é o usado por pedófilos para conversarem e ganharem a confiança de crianças e adolescentes para atrai-los para um encontro. Neste caso específico, os pais e responsáveis devem estar muito atentos sobre quem são as pessoas com quem os menores conversam tanto em redes sociais, como em grupos de WhatsApp ou mesmo em jogos online”, alerta.
Ele explica que não há técnicas para se usar redes sociais, o ideal é fazer na internet o que se faria em público. “Faça na internet, numa rede social ou em um grupo de conversa, apenas aquilo que você faria sem problema no meio de uma praça pública. Então, caso você não se disponha a tirar a roupa no meio de uma praça pública, não faça isso também na internet, onde a sua exposição é muito maior. Costumo dizer que as redes sociais são um palco e você está em cima dele com uma plateia olhando para você. O que você fizer lá em cima, será visto por todos”, afirma.
Segundo Leandro, quem passa por um golpe como o aplicado pelo skatista, pode criar traumas e não mais ter o desejo de ajudar o próximo. “Um caso como esse realmente tira um pouco da confiança e isso é compreensível, porém, ajudar com voluntariado ou com doação para quem realmente necessita é algo que faz bem não só para quem recebe a ajuda, como também para quem faz a doação. O mais seguro para quem deseja ajudar em casos como esse, é conhecer pessoalmente, pedir as documentações, verificar a autenticidade de tudo. Sendo um laudo médico ou outro documento devidamente assinado por um profissional, é buscar a fonte e questionar. Vale, até, em outras situações, verificar a existência de antecedentes criminais (que pode ser verificado gratuitamente pelo site da Polícia Federal) se há alguma condenação anterior por golpe”, adverte.
Prestar atenção nos detalhes é de suma importância, afirma o especialista. Segundo ele, o caso do skatista é um exemplo nítido, onde toda uma história foi construída e convenceu, mas que foi desmentida. “Um fato como esse deixa a todos em alerta e acaba prejudicando aqueles que verdadeiramente necessitam de algum auxílio. Casos com tamanha repercussão como este servem para todos nós, envolvidos ou não, termos um cuidado maior e buscarmos detalhes sobre as histórias e documentos apresentados”, alerta.

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