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23 de jan. de 2019

Olheiros invadem o Continente Europeu

Olheiros invadem o Continente Europeu"Se perceber, tem mais observador do que torcida nesse jogo aqui". O comentário é do ex-jogador Jamelli, hoje observador técnico do Olympique de Marselha, durante Bolívia e Colômbia dessa segunda-feira, preliminar de Brasil e Venezuela, em Rancagua, pelo Sul-Ameriano sub-20 no Chile.
Não é exagero. O ex-meia de 44 anos, que inicou carreira no São Paulo e jogou no Santos, Corinthians, Zaragoza (ESP) e outros times, é um entre os mais de 100 profissionais que acompanham o torneio em Rancagua - a organização da competição recebeu recorde de registros entre observadores, diretores de clubes - maioria europeus, claro - e representantes de fundos de investimento e de empresários.
Muitos vieram direto da Copa São Paulo de Juniores e vão ficar até o fim da primeira fase no fim de semana - tempo suficiente para a observação e para possíveis negócios em vista. A organização do Sul-Americano concede tratamento especial para esse filão do negócio do futebol. Nesta terça, cerca de 40 deles vão ter transporte, almoço e passeio pela cidade.
Os clubes brasileiros ainda são coadjuvantes neste garimpo de jovens promessas sul-americanas - dos 30 que iniciaram a competição e atuam fora do seu país de origem, apenas quatro atuam no Brasil. São eles: no Paraguai, Antonio Galeano (São Paulo) e Anibal Vega (Palmeiras), na Colômbia, o recém-contratado Iván Angulo (Palmeiras) e o santista Jackson Porozo, do Equador.
O GloboEsporte.com consultou clubes da Série A. Poucos enviaram analistas de desempenho, observadores e representantes. Nessa segunda, o coordenador da base do Palmeiras, João Paulo Sampaio chegou para acompanhar também os cinco brasileiros da seleção sub-20. Ele contou à reportagem que tem autorização da direção do clube para investir nessas competições.
- Se for bom negócio, tenho carta branca, claro. Como foi o caso do Angulo, um empréstimo com passe estipulado. Aconteceu ano passado no Sul-Americano sub-15 na Argentina, quando contratamos um jogador boliviano, que é filho de brasileira. Vi na seleção da Bolívia, era o camisa 10. Melhor levar numa situação assim, acompanhando o histórico deles na base, do que fazer como o Brasil fez anos atrás levando jogadores já consagrados que saem mais caros. Como foi com Conca, D´Alessandro, entre outros. Se você chegar um pouco antes, é melhor - comentou Sampaio, ressaltando que, apesar da concorrência com clubes europeus, um grande clube do futebol brasileiro ainda atrai.
- Falando em clubes da América do Sul, os brasileiros são os melhores economicamente. Têm que estar na frente.
Em troca de administração e em meio a mudanças no Centro de Inteligência em Mercado, o Flamengo cancelou a ida de dois observadores para o Sul-Americano. Outros clubes, muitos em crise econômica, acompanham pela televisão - o SporTV transmite os jogos -, por plataforma de jogos, caso do Fluminense, e também tentam, dentro do possível, monitorar as revelações em contato com observadores a serviço de outros clubes. São Paulo, Corinthians, Internacional e Bahia, que tem o observador da seleção Wendel a serviço da CBF, acompanham mais de perto.

Italianos em peso, e Real de olho em Rodrygo

Tornio, Cagliari, Sampdoria, Atalanta, Empoli, Bologna, Ferrara… A delegação italiana é uma das maiores entre os observadores estrangeiros na cidade de Rancagua - Talca e Curicó também sediam o torneio, mas a sede principal e da fase final é Rancagua.
Da Espanha, os gigantes Real, Barcelona, Atlético de Madrid têm também a companhia do Sevilla, Betis, Valladolid. Da Inglaterra, representantes do Liverpool, Machester City e United, Everton, Arsenal. Entre os alemães, Frankfurt, Bayer Leverkusen, entre outros. Franceses marcam presença com PSG, Lille, Monaco, além do Olympique de Jamelli.
Mas também há representantes de sul-americanos. Unión San Felipe e Magallanes do Chile acompanham os jogos. O San Lorenzo, o River e o Boca, da Argentina, também.
- É um campeonato que o mundo inteiro fica de olho. São muitos jogadores já mapeados pelos clubes. É complicado competir com tanta gente. Presto consultorias para alguns clubes da Europa sobre jogadores e a gente mapeia. Quando chega no sub-20, não se tem mais surpresa (de atleta desconhecido). O que existe é a confirmação de alguma coisa que se viu antes ou que o jogador não é exatamente aquilo que a informação dizia. A maioria está mapeado e é conhecido já - contou Jamelli, que é responsável pela observação dos franceses na América do Sul. O chefe dele é o ex-goleiro espanhol Zubizarreta.
Os dois gols de Rodrygo contra a Venezuela tiraram o peso do jovem jogador santista, já negociado com o Real Madrid. Um scout do Real na América Latina, Paulo Xavier, acompanhou de perto a partida, no estádio El Teniente em Rancagua. O procedimento é comum entre apostas contratadas por europeus. Observadores do Shakthar também acompanham de perto Marquinhos Cipriano e Marco Antonio Bahia, que deixa o Estoril em direção à Ucrânia depois do torneio.

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