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15 de jul. de 2019

Análise aponta contaminação no tambaqui do Mercado do Peixe em Teresina PI

Análise feita pelos técnicos do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) Dr. Costa Alvarenga e apresentada no Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos, aponta a contaminação de amostra de peixes tambaquis, comercializados no Mercado do Peixe de Teresina pela bactéria “Staphylococcus coagulase positiva”, o que é um risco para a população já que causa intoxicação alimentar, especialmente em pessoas debilitadas imunologicamente, como idosos, crianças e gestantes
A literatura médica revela que, apesar de ser quase incomum a morte por intoxicação alimentar estafilocócica, ela ocorre ocasionalmente em indivíduos debilitados imunologicamente, idosos e crianças em tenra idade.A análise comprovou que o tambaqui comercializado no Mercado do Peixe não é contaminado por Salmonella. O trabalho apresentado no Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de Alimentos foi elaborado por C.S. Soares, A.C.J.N. Oliveira, M.L.C. Mesquita, P.L.A. Ferreira e K.M.R. Silva, do Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga.
Pesquisa na internet não mostra que o Lacen tenha emitido boletim em Teresina sobre o resultado de sua análise do tambaqui comercializado no Mercado do Peixe de Teresina.
Segundo os pesquisadores, o tambaqui é um alimento muito nutritivo, porém, de fácil deterioração devido ao pH e sua composição. Segundo eles, o pescado pode alojar agentes microbianos por contaminação ou multiplicação da sua flora.
“O objetivo foi verificar se os peixes tambaqui comercializados no entreposto no município de Teresina estavam dentro dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira”, adiantam os pesquisadores.
Segundo eles, em todas as amostras realizou-se a pesquisa de Salmonella e Staphylococcus coagulase positiva e os resultados obtidos foram que todas as amostras não apresentaram Salmonella sp. Já para a pesquisa de Staphylococcus coagulase positiva houve o crescimento em 60% amostras analisadas, sendo que destas 3% estavam acima do valor permitido pela legislação vigente, este índice pode indicar risco à saúde dos consumidores visto que são responsáveis por intoxicação alimentares.
C.S. Soares, , A.C.J.N. Oliveira, M.L.C. Mesquita, P.L.A. Ferreira e K.M.R. Silva, do Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Costa Alvarenga lembram que o tambaqui é um peixe das espécies com maior facilidade de adaptação em ambientes de cultivo de água doce, tem origem brasileira e se tornou importante fonte de renda na região do rio Amazonas.
“O pescado é um alimento rico em proteínas, caracterizado pela alta digestibilidade e valor biológico, além de elevado teor de ácidos graxos poli-insaturados, sendo considerado um alimento muito saudável do ponto de vista nutritivo. Apesar disso, o pescado é um alimento com maior poder de deterioração, devido ao seu pH próximo a neutralidade, alta concentração de nutrientes usados por microrganismos e rápida ação das enzimas destrutivas presentes nos tecidos e vísceras do peixe. A qualidade e segurança dos produtos alimentares é um assunto de grande importância atualmente, isso é evidenciado pelo grande número de leis que exigem a qualidade dos alimentos nas
várias etapas da cadeia produtiva. Por ser um dos alimentos mais perecíveis, o pescado necessita de cuidados adequados desde a captura até chegar ao consumidor. A forma como este pescado é manipulado durante todo o processo determina a intensidade com que se apresentam as alterações enzimáticas, oxidativas e/ou bacterianas. A rapidez com que essas alterações se desenvolvem depende de como realizado o procedimento de conservação dos alimentos, a espécie do peixe e dos métodos de pesca.
O peixe tambaqui pode alojar agentes microbianos por contaminação ou por multiplicação da flora microbiana original.
Foram coletadas 10 amostras do peixe tambaqui no período de 18 de abril de 2016 a 6 de junho de 2016, comercializados no Entreposto Pesqueiro, o Mercado do Peixe de Teresina.
As amostras foram coletadas em sacos estéreis, acondicionadas em recipientes isotérmicos com gelo e encaminhado para o Laboratório Central Dr. Costa Alvarenga.
Visando a saúde da população, resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), define que
a tolerância é máxima e os padrões são mínimos para os diferentes grupos de produtos alimentícios para fins de registro e fiscalização de produtos alimentícios. No caso de análise de pescado, ovas de peixes, crustáceos e moluscos cefalópodes "in natura", resfriados ou congelados não consumido cru os limites para Staphylococcus coagulase positiva é de 10³ UFC/g e Salmonella sp deve estar ausente em 25 gramas do alimento. Estes limites e critérios podem ser complementados quando do estabelecimento de programas de vigilância e rastreamento de microrganismos patogênicos e de qualidade higiênica e sanitária de produtos.
De acordo com o valor de referência, 103 UFC/g, estabelecido pela resolução da Anvisa para a pesquisa de Staphylococcus coagulase positiva, foi identificado que três amostras do tambaqui estavam acima do valor permitido pela legislação vigente.
“Apesar de apenas 3% das amostras analisadas estarem em desacordo com a resolução da Anvisa, este índice pode indicar risco à saúde dos consumidores, pois os Estafilococos coagulase positiva são responsáveis por intoxicação alimentares. Além da possibilidade de contaminação cruzada devido serem armazenados em gelo junto com outros produtos. Portanto, a segurança do pescado quanto ao padrão microbiológico é de suma importância, visto que as doenças transmitidas por alimentos têm sempre ocorrido em decorrência da falta de cuidados e de controle desde a aquisição da matéria-prima até a manipulação e o processamento”, apontam os pesquisadores do Lacen.
em nenhuma das amostras. Quanto a pesquisa de Estafilococos coagulase positiva 30% das amostras estavam acima do valor permitido pela legislação. A presença dessa bactéria para ocasionar ainda contaminação cruzada, o que
se pode evidenciar um controle dos ambientes envolvidos no processo para evitar riscos à saúde do consumidor”, relataram os pesquisadores.

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