Os médicos da saúde pública estadual vão voltar as cruzar os braços em uma nova paralisação dos atendimentos no Piauí marcada para começar nesta terça-feira (16). Por quatro dias –seguindo até a sexta-feira (19) – somente os atendimentos de urgência e emergência funcionarão normalmente no estado. Atendimentos eletivos, como as consultas, por exemplo, ficarão suspensos.
Esta é a quarta paralisação que os profissionais fazem desde o mês de maio. A decisão de interromperem as atividades novamente foi tomada em uma assembleia realizada na última quinta-feira (11). Com isso, somente 30% da rede pública estadual deverá continuar operando pelos próximos dias.
Consultas terão que ser remarcadas por conta da paralisação - Foto: Assis Fernandes/O Dia
Entre as reivindicações dos médicos estão melhorias nas condições de trabalho, o cumprimento do plano de cargos e salários dos profissionais da saúde, incluindo o aumento do piso salarial. Segundo a Fenam (Federação Nacional dos Médicos), o piso salarial de um médico no Brasil com uma carga horária de 20 horas semanais é de R$ 14.619,39. O aumento foi de R$ 484,8, ou seja, 3,43% em relação a 2018. O valor foi reajustado em maio deste ano, mas, segundo o Simepi (Sindicato dos Médicos do Piauí), até o momento não houve sinalização do governo quanto a isso.
“Temos hospitais com longas filas de atendimento, pacientes morrendo por causa disso sem um número de profissionais a contento para poder atender à população e em condições de trabalho dignas. É por causa disso que estamos paralisando novamente, para que o Estado nos dê uma resposta e responda também à população”, explica Samuel Rêgo, presidente do Simepi.
O outro lado
A reportagem do Portal O Dia procurou a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) para falar sobre a paralisação dos médicos e aguarda retorno do órgão.
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