Ocorrências como o incêndio que destruiu a vegetação na Avenida Raul Lopes, na zona Leste de Teresina, e também o fogo que consumiu um terreno no Vale do Gavião, no conjunto Sigefredo Pacheco, constituem um quadro grave e alarmante para a capital e para o Estado. Segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Piauí é o segundo Estado do Nordeste que mais registra focos de incêndio em 2019.
De acordo com o levantamento, de 1º de janeiro até o dia 22 de agosto deste ano, 2478 focos foram registrados no Estado. O Maranhão lidera o ranking com 5.192 ocorrências. A Bahia está em terceiro lugar, com 2.306 mil focos. Somente no dia 25 de agosto, foram identificados pelo satélite de referência 143 focos de queimadas no Piauí, deixando o Estado atrás somente do Mato Grosso do Sul.
A major Najra Nunes, do Corpo de Bombeiros, revelou que uma reunião foi realizada para definir ações de combate ao aumento do número de incidências com fogo na vegetação de Teresina. “Nós já tínhamos até nos preparado, o comando do Corpo de Bombeiros tem agora uma linha de operações e estamos com todos os efetivos empregados e preparados em caso de necessidade de acionamento emergencial”, conta.
Todas as viaturas de combate a incêndios, como as caminhonetes, foram adaptadas para o combate mais rápido, inclusive em locais de difícil acesso, onde carros maiores encontram dificuldades para chegar até a região. “As nossas caminhonetes, que são tracionadas, têm mais facilidade e rapidez em algumas localidades. Foram preparados também carros com bombas de incêndio”, disse.
Com relação às chamadas que o Corpo de Bombeiros recebe, a major explicou que todos os casos são atendidos, sejam eles de pequeno, médio ou grande porte.
“Toda solicitação para a gente é preocupante, nós tratamos cada ocorrência com um sério atendimento, pois se talvez não fizéssemos isso, poderiam se tornar mais graves ainda”, expressa.
Todos os dias, o Corpo de Bombeiros de Teresina recebe, em média, 12 ocorrências de incêndios, segundo dados divulgados por Najra Nunes. “O Piauí é um Estado muito rico em vegetação, e nesta época do ano, o Estado fica bastante seco, as temperaturas estão muito elevadas, a umidade do ar muito baixa e muito vento”, pontua.
Esse cenário, descrito pela major, é ideal para uma rápida propagação de incêndios, que em sua maioria, são ocasionados pela ação do homem. “Estamos pedindo e contando com a compreensão da população para que não faça e nem deflagre nenhum indício, não gere nenhum fagulho ou incêndio na nossa vegetação tão vulnerável na época de estiagem que estamos”, enfatiza.
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