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3 de ago. de 2019

Procuradora nega sofrer pressão para afastar Deltan da Lava Jato



A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, negou sofrer pressão para afastar o procurador Deltan Dallagnol da coordenação da força-tarefa da Lava Jato, na esteira do conteúdo das mensagens publicadas pelo site The Intercept Brasil com diálogos dele.
Procuradora nega sofrer pressão para afastar Deltan da Lava Jato

Nessa sexta-feira (2), a Folha de S.Paulo noticiou que, após requisitar à Polícia Federal as mensagens hackeadas de autoridades, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) passaram a articular o afastamento de Deltan do comando da Lava Jato, em Curitiba, e que Dodge tem sido pressionada a tomar essa medida.

Em nota, a Procuradoria-Geral da República negou. "A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não sofreu qualquer pressão de qualquer tipo para determinar a medida de afastamento referida na matéria, de quem quer que seja", diz o texto.

Ainda segundo a nota, Dodge não convocou reunião de emergência na PGR para discutir o assunto."Mais do que isso, [a PGR] esclarece que o princípio constitucional da inamovibilidade é garantia pessoal do procurador Deltan Dallagnol, [...] de não ser afastado dos processos da Lava Jato, dos quais é o promotor natural, na condição de titular do ofício onde tramitam todos os processos deste caso", sustentou.

A reportagem da Folha, contudo, não tratou de afastamento dos processos da Lava Jato, mas apenas do comando da força-tarefa da operação.

"Em suma, a procuradora-geral da República não convocou, nem fez reunião na quinta-feira [1º], nem em qualquer outra data anterior ou posterior, com o propósito de afastar o procurador Deltan Dallagnol de seu ofício ou da Lava Jato", conclui o texto divulgado pela PGR.

Na noite da quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes determinou que as mensagens apreendidas pela PF com os suspeitos de terem hackeado celulares de autoridades, como o ministro da Justiça, Sergio Moro, sejam encaminhadas ao tribunal em 48 horas.

Assim, o caso dos hackers deve passar a estar também sob a alçada do Supremo. 

A reação do STF se deu no mesmo dia em que mensagens publicadas pela Folha de S.Paulo, em parceria com o Intercept, revelaram que, em 2016, Deltan incentivou colegas a investigar o ministro Dias Toffoli, hoje presidente do Supremo.

Conforme as mensagens noticiadas, Deltan buscou informações sobre as finanças pessoais de Toffoli e sua mulher, Roberta Rangel, e evidências que os ligassem a empreiteiras envolvidas com o esquema de corrupção na Petrobras.

De acordo com relatos feitos à Folha, ministros da corte criticaram duramente a atuação de Deltan, que, na avaliação deles, passou a usar a operação de combate à corrupção como instrumento de intimidação.Nesta sexta, a Justiça Federal em Brasília, responsável pela investigação dos hackers, informou que o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal, determinou à PF que atenda o requerimento de Moraes e envie as mensagens apreendidas.

O prazo de 48 horas, no entendimento da Justiça, deve se esgotar neste fim de semana.


Fonte: Folhapress

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