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3 de jan. de 2020

Três anos após abalo sísmico em Teresina, especialistas relembram o fenômeno

No dia 3 de janeiro de 2017, um tremor de terra, que durou alguns segundos, surpreendeu os piauienses. Houve pânico e correria no Centro de Teresina e na cidade de União. Diversas pessoas deixaram prédios às pressas com medo de desabamento. Mas, ninguém ficou feriado. Três anos depois do fato, o Portal O DIA conversa com quem vivenciou o fenômeno e relembra o que disseram os especialistas na área.
Pessoas saem de prédios após o abalo sísmico. Foto: Arquivo O Dia. 
À época, o Centro de Sismologia da Universidade Federal de São Paulo informou que foi registrado um abalo sísmico de 5 graus de magnitude na cidade de Belagua, no Maranhão, a 300 km de Teresina.
Na capital piauiense, em um dos prédios, estava a auxiliar de administração Rosa Lemos, que trabalha na Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi). Ela lembra em detalhes o dia do evento.
“Eu havia notado uma movimentação estranha no chão, mas como meu pé estava em cima do nobreak, achei que alguém podia tá manuseando algo pesado lá fora ou algo do tipo. Demorou pouco, vi muita gente no pátio e não era hora de saída e nem estava tendo evento. Depois, entrou uma pessoa na sala falando que teve terremoto e que o pessoal lá de cima tinha sentido mais. E aí foi a hora de todo mundo sair do prédio e ficamos no estacionamento. Não demorou muito, mas todo mundo foi dispensado”, conta.
A vendedora Samara dos Santos trabalha no Centro de Teresina e lembra que se desesperou com o tumulto das pessoas. “Na loja que eu trabalho, todo mundo se desesperou. Eu saí correndo rápido, com medo de morrer. Quando eu saí do prédio, a primeira coisa que fiz foi ligar para os meus familiares pra contar sobre o que tinha acontecido. Foi aterrorizante”, conta.
Foto: Arquivo O Dia. 
Segundo o professor de Geografia Física, Luís Jorge Dias, da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), à época, o tremor de terra ocorreu em decorrência da acomodação entre rochas da região de Belagua, que tinha falhas na crosta. O fenômeno acontece em anos, mas na maioria das vezes é imperceptível.
“Como estamos no centro de uma placa, esses abalos são normais de acontecer, tanto que já foram registrados em outros momentos, podem ocorrer novos abalos, mas imperceptível para nós”, conta.
O professor e doutor em Geografia pela Universidade Federal de Brasília (UnB), Lineu Aparecido, contou que, pelo fato do Brasil estar localizado no meio da placa tectônica sul-americana, abalos sísmicos são normais. Contudo, eles acontecem de forma mais intensa em países onde ocorre choque das placas, a exemplo da Colômbia e do Japão.
“O Brasil está no meio da placa. Então o que pode ocorrer são pequenos abalos sísmicos em decorrência de acomodações de terras em falhas geológicas. O terremoto causa muita destruição, não esses pequenos abalos sísmicos”, explica.
O sismólogo do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), Juraci Carvalho, disse que o evento foi de magnitude média, considerado razoável para os padrões brasileiros.
Na época, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil trabalharam em parceria com a Secretaria Nacional de Defesa Civil. O objetivo foi garantir a segurança das pessoas e iniciar estudos relacionados a causa dos abalos. 

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