Em noite dramática, com D'Alessandro protagonizando momentos de herói e vilão, o Internacional sofrer nesta quarta-feira, mas obteve uma suada classificação à próxima fase da Copa Libertadores.
Foto: Ricardo Duarte/SCI
No Beira-Rio, em Porto Alegre, venceu o Tolima por 1 a 0, placar suficiente para assegurar sua vaga no mesmo grupo do arquirrival Grêmio na sequência da competição. Na ida, os dois times haviam empatado sem gols na Colômbia.
Com o feito, a Libertadores terá ao menos dois Gre-Nais no Grupo E, que terá também a Universidad Católica, do Chile, e o América de Cali, também da Colômbia. O Grêmio entra direto na fase de grupos, enquanto o Inter precisou superar dois confrontos de mata-mata na fase preliminar para entrar na disputa das chaves.
Após o empate no jogo de ida, o Inter precisava de gols para buscar a vaga na fase de grupos. E, sem perder tempo, partiu para cima do Tolima nos primeiros instantes da partida. No entanto, a força de vontade e a disposição ofensiva contrastavam com as dificuldades no desequilibrado meio-campo.
Coudet mandou a campo uma contestável formação, com características mais defensivas, apesar da necessidade de balançar as redes. Somente Guerrero atuava mais avançado. Com frequência, ficava isolado. O vazio no meio-campo se devia basicamente à postura mais recuada de Rodrigo Lindoso.
O volante chegava a formar um trio de zaga, com Bruno Fuchs e Victor Cuesta. A estratégia do treinador era liberar os laterais, porém Rodinei e Uendel pouco apoiavam o ataque.
A atuação do Inter era tão irregular que Coudet não esperou o intervalo para fazer sua primeira alteração. Trocou Lindoso por Marcos Guilherme aos 40 minutos. E não se arrependeu. Foi dos pés dele, aos 48, que saiu o passe para D'Alessandro, à direita do ataque. O argentino deu belo drible no marcador e cruzou rasteiro para Guerrero só escorar para as redes: 1 a 0. O peruano não balançava as redes há um mês.
Até então, era o Tolima quem criava as melhores chances de gol, ainda que pouco frequentes - a partida era truncada, de muita marcação e pouca inspiração. Lomba precisou fazer ao menos duas boas defesas no primeiro tempo.
Diante da desvantagem no placar, o time colombiano voltou melhor para o segundo tempo. Era mais ofensivo e objetivo, o que exigiu maior trabalho da defesa colorada. O jogo passou a ser mais acelerado e ganhou em ritmo e emoção. Nas arquibancadas, a torcida gaúcha participava ainda mais do duelo.
As falhas dos dois lados, contudo, seguiam constantes, principalmente nos ataques. Apesar dos eventuais sustos, o Inter parecia confiante em campo, já de olho no segundo gol. Até que D'Alessandro levou dois cartões amarelos em sequência e foi expulso aos 16 minutos. O argentino era o melhor jogador do time brasileiro até então.
A expulsão baixou o moral da equipe da casa e o jogo ganhou ainda mais em emoção. A partir dos 20 minutos da etapa final, o Inter passou a atuar mais recuado para segurar a pequena vantagem no placar.
O Tolima, mais limitado, até arriscou. Contou com um atacante a mais em campo logo após a expulsão de D'Alessandro, mas não conseguiu criar uma chance mais forte de gol, permitindo a classificação gaúcha.
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