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30 de mai. de 2020

Teresina: Prefeitura define critérios para reabertura de empresas

Diante dos inúmeros pedidos para reabertura  do comércio, tanto da população, empresários e políticos, a Prefeitura de Teresina elaborou uma série de critérios para que as atividades comerciais possam voltar a funcionar. As informações foram dadas pelo prefeito Firmino Filho durante coletivo à imprensa nesta-feira (29).
Segundo o prefeito, foram elaboradas sete fases para a transição da quarentena para o Distanciamento Social Seletivo (DSS) ou reabertura, que se apresentarem resultados positivos poderão nortear o poder público para que as atividades econômicas voltem a funcionar. 

“Outros países estão nessa fase de debater a reabertura econômica. Nós analisamos algumas experiências e essas diretrizes estão sendo seguidas por vários estados. São sete indicadores, de forma simples e clara, para que possamos monitorar todos eles e, com isso, fazer a economia voltar a funcionar”, explica o prefeito Firmino Filho

O primeiro critério deverá medir e monitorar a Taxa de Reprodução (R) do Covid-19. De acordo com o prefeito, é preciso continuar com o controle da taxa de transmissão da doença. A taxa atual de transmissão é de 1.89, porém, a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que essa taxa seja igual ou menor que a quantidade de casos já existentes. 
“Essa métrica deve ser monitorada e, efetivamente, só podemos ter condições seguras de retomada da economia quando essa taxa de reprodução foi igual ou inferior a um. Essa taxa maior do que um significa que a doença está em expansão. Se ela está menor do que um, significa que ela está desaparecendo e que a quantidade de pessoas infectadas vem diminuindo ao longo do tempo”, pontua.
O segundo indicador tem relação com a diminuição do número de internações. A reabertura, com segurança, das atividades só poderá ser feita quando existir uma tendência de que essas internações estão reduzindo, levando em consideração a quantidade de leitos ocupados.
O terceiro critério diz respeito à diminuição do número de óbitos. “Precisamos contatar ao longo de duas semanas, 14 dias, que houve uma redução contínua na quantidade de fatalidades da doença na cidade. Se isso acontecer, a doença está enfraquecendo e podermos ter uma outra postura”, disse o prefeito.
A quarta fase leva em consideração a capacidade de leitos de observação e enfermaria. “A nossa escassez em Teresina está muito grandes em termos de UTI, mas não em leitos de observação e enfermaria. Mas é importante monitorar para sabermos se nosso sistema hospitalar está com condições de atender à população. Devem existir 30% de leitos observação e 30% de leitos de enfermaria disponíveis. A cada 10 pessoas que se agravam, 30% vão quase que diretamente para a UTI, mas 70% precisa apenas de leito de enfermaria”, destaca Firmino Filho.

"A cada 10 pessoas que se agravam, 30% vão quase que diretamente para a UTI", diz prefeito Firmino Filho

O quinto critério diz respeito à capacidade de leitos de UTI. O prefeito reforça que, para que o momento seja considerado seguro, é preciso ter, pelo menos 30% da capacidade de leitos de UTI disponíveis para eventual necessidade. Atualmente, Teresina conta com apenas 25% dos leitos de UTI disponíveis. 
Leia também: Metade dos leitos de UTI de Teresina já estão ocupados, diz Sesapi 
A fase seis visa fortalecer a capacidade de testagem. Segundo as pesquisas sorológicas realizada em Teresina, cerca de 50 mil pessoas testaram positivo para o vírus da Covid-19. Desse total, cerca de 20 mil pessoas estão com a doença ativa, ou seja, são transmissoras do vírus.
“Algumas dessas pessoas apresentam sintomas, mas a grande maioria não. Se nós soubéssemos onde estão essa 20 mil pessoas, poderíamos colocá-las em isolamento e fazendo o rastreamento dos seus contatos, rapidamente resolveríamos esse problema, mas não sabemos. Para saber quem são essas pessoas positivadas, precisamos aumentar significativamente nossa capacidade de testes. Estabelecemos mil testes por dia, o que corresponde a 102% da população sendo testada por dia. Mas queremos estabelecer metas mais ousadas”, disse o prefeito.
Firmino Filho complementa que, exatamente para tentar expandir a realização dos testes, as empresas  estão sendo obrigadas a fazer a testagem em seus trabalhadores. Não somente para dar uma segurança para os colaboradores e clientes, como também sendo uma forma de identificar quem são as pessoas positivas e iniciar as medidas de isolamento e contenção da disseminação.
O último critério visa fortalecer a capacidade de rastreamento de contatos. “Precisamos continuar rastreando essas pessoas. Em Teresina, necessitamos de, no mínimo, 60 rastreadores de contato para cada 100 mil habitantes. Isso representa 520 agentes treinados para atuar como ‘detetives da Covid’ de porta em porta”, que serão distribuídos na zona urbana e rural da Capital. Atualmente, há apenas 60 agentes.

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