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18 de jul. de 2020

Depois do MEC, mudanças devem chegar a mais três ministérios


Depois do MEC, mudanças devem chegar a mais três ministérios
Ao tomar posse como novo ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro adotou um discurso muito distante do seu (real) antecessor, Abraham Weintraub: não levantou bandeira do confronto, estendeu a mão para o diálogo e defendeu o ensino laico e público. Não que Ribeiro seja uma outra coisa bem diferente, no que diz respeito aos aspectos ideológico. Longe disso. Mas é bem distinto no estilo, uma mudança que o presidente Jair Bolsonaro está se obrigando a fazer e que pode ir além do MEC, alcançando pelo menos mais três ministérios.

Bolsonaro não queria a saída de Weintraub. Mas sua permanência ficou insustentável: nunca fez questão de ter um mínimo de simpatia com a comunidade educacional e tornou-se na prática o verbalizador de todas as guerras do governo, desde as críticas à China (nosso maior parceiro comercial) até o ataque aberto e caricatural ao STF. Teve quer ir embora pelas portas dos fundos. Daí, Bolsonaro buscou um nome com perfil técnico. Primeiro foi Decoteli, desqualificado pelo próprio currículo mal arrumado. Agora é Milton Ribeiro.

Há uma diferença e tanto. Primeiro, falou de educação (tema sobre o qual Weintraub nem tratava). Além disso, o tom foi suave, defendendo o ensino fundamental e profissionalizante e ainda abraçando o caminho do diálogo. Mesmo com estreitos vínculos com o ensino privado e instituições religiosas, disse que vai seguir a Constituição com uma orientação laica e foco no ensino público. Dizer que vai seguir a Constituição parece óbvio. Parece.

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Porque em uma pasta que já teve Weintraub, esse cuidado óbvio é muito bem-vindo.

Os novos ministros na mira das mudanças

As mudanças de nome e de tom no ministério tem a ver com as dificuldades do governo Bolsonaro, os novos aliados e a governabilidade. O Centrão pressionou por um nome seu no Ministério das Comunicações – e conseguiu emplacar Fabio Farias. Cobrou um perfil técnico no MEC, sobretudo como um aceno para o STF. Bolsonaro assim fez. E agora as pressões surgem de toda parte em relação a três ministérios.
• Meio Ambiente: ninguém está satisfeito com a política ambiental no Brasil – nem mesmo o governo. Para mostrar que há um novo rumo, o vice-presidente Hamilton Mourão assumiu as vezes de gestor da área. E a saída de Ricardo Sales pode ser a consolidação dessa mudança.
• Relações Exteriores: estabanado e “olavista ao quadrado”, Ernesto Araújo já criou um punhado de problemas para o Brasil. As dificuldades na campanha de reeleição de Trump (a quem Araújo tem quase como um Deus e com quem promoveu atrelamento sem reservas) pode selar a mudança na pasta.
• Saúde: aqui a pressão é sobretudo interna, mais precisamente do Exército – que não quer ver um nome da ativa em função política. Assim o interino (general) Eduardo Pazuello deve ser substituído muito em breve. Também por um nome técnico.

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