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23 de ago. de 2020

COVID-19: a nova esperança com anticorpos

 Não resta dúvida que cientistas do mundo todo perseguem uma solução contra o vírus SARS-CoV2 e os que vierem depois dele, que podem pegar o mundo de novo com as calças na mão, como se diz. Para cientistas, suas instituições e os seus países de origem, encontrar uma cura para esse mal é não somente um desafio, mas o passaporte para virar uma celebridade, ganhar um nobel e uma boa ponta de dinheiro pro resto da vida.

COVID-19: a nova esperança com anticorpos

Para se ter uma ideia, a Organização Mundial de Saúde (OMS) contabiliza a existência, em torno do mundo, de 139 vacinas em diferentes fases de desenvolvimento. Importante alertar que existem quatro fases de testes para vacina: Fase Pré-ClínicaFase 1Fase 2 e Fase 3. Na Fase Pré-Clínica é montado todo o planejamento e os primeiros testes feitos apenas in vitro, para testar segurança e eficiência, observando apenas o efeito em células, sem o uso de seres vivos. Na Fase 1 o teste é feito em animais e em pequenos grupos de voluntários humanos. O principal objetivo desta fase é testar a segurança dos pacientes. Depois disso todos os resultados são publicados em revistas, cujos pareceristas tem acesso aos metadados e fazem críticas bem contundentes, tudo isso com estes resultados sendo submetidos a robustos testes estatísticos, para eliminar o acaso das suas respostas. Na Fase 2, de posse de dados sobre a segurança, efeitos colaterais e quantidade necessária de vacina, o teste já avança para grupo com centenas de voluntários. Aí, em geral divide-se este grupo em dois grandes grupos: Grupo Controle – que recebe apenas um placebo, ou seja, uma substância inócua, sem qualquer efeito e o Grupo Experimental – que recebe a vacina a ser testada. Os resultados são avaliados e espera-se que os membros do Grupo Experimental exibam resultados satisfatórios. Na Fase 3 o negócio é para valer mesmo: milhares de pessoas recebem a vacina e são monitoradas de perto, para ver se faz realmente efeito.

De todas estas vacinas citadas pela OMS, 28 já estão na fase de testes que envolvem humanos e 8 estão na fase 3. As mais relatadas pela mídia são: vacina da Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca, a vacina do Laboratório Chinês Sinovac Biotech com o Instituto Butantã, a vacina do Laboratório americano Pfizer com o laboratório alemão BioNTech e a vacina Sputinik V do Laboratório russo Instituto Gamaleia. Esta última já foi registrada e vem sendo produzida pelo Governo Russo, ainda que os dados das fases iniciais não tenham sido publicados nas revistas e, portanto, não tenham passado pelo crivo dos cientistas do mundo inteiro, demonstrando uma situação de total falta de transparência com seus resultados.

Fora desta corrida pela vacina que, além de longa oferece algum risco, seja pela insegurança dos testes terem sido abreviados ou pela desconfiança de que podem não ser tão eficazes também outra pesquisa avança com força:  a que usa anticorpos monoclonais. Os anticorpos monoclonais seriam anticorpos iguais (daí a palavra Monoclonal, um só tipo de cópia) que neutralizam regiões específicas do agente patogênico. Neste sentido, laboratórios como Lilly, AbCellera, AstraZeneca, GlaxoSmithKline, Genentech e Amgen solicitaram ao Departamento de Justiça dos EUA permissão para trocar informações sobre suas pesquisas com anticorpos monoclonais a fim de ganharem tempo. Especialistas entrevistados pela revista Science adiantaram que, nas perspectivas mais conservadoras, conseguirão, até dezembro deste ano, uma solução com este tipo de anticorpos contra a COVID-19.

Vamos aguardar, a ciência está fazendo sua parte! Boa semana para todos (as).

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