Na sua primeira convocação desde o início da pandemia de covid-19, o técnico Tite, da Seleção Brasileira, vai ter de lidar com situações que o atormentam toda vez que precisa reunir o grupo. A principal delas é administrar as críticas que certamente receberá por relacionar “A” ou “B” e deixar fora “C” ou “D”. Isso tem mais a ver com eventuais desfalques dos grandes clubes do País que disputam várias competições ao mesmo tempo.
O técnico Tite vai anunciar na sexta (18) os convocados da Seleção brasileira para o início das eliminatórias do Mundial de 2022Foto: Wilton Junior / Estadão Conteúdo
Nessa sexta-feira, quando divulgar os nomes em entrevista virtual pelo site da CBF, para os jogos com Bolívia (9 de outubro, na Arena do Corinthians) e Peru (dia 13, em Lima), Tite já deve ter estudada a resposta que dará quando indagado sobre o prejuízo dos clubes do Brasil que cederem jogadores à Seleção - essas equipes vão ficar três rodadas do campeonato nacional sem os que forem chamados.
O começo das Eliminatórias sul-americanas do Mundial de 2022, no Catar, portanto, tem tudo para tensionar a relação da Seleção com clubes. As datas apertadas do Brasileiro, em razão da paralisação atípica do futebol por alguns meses deste ano, são um problema extensivo também aos jogos da Libertadores e da Copa do Brasil.
No entanto, a competição sul-americana de clubes vai ter um espaço maior sem confrontos - exatamente para não coincidir com as duas primeiras rodadas das eliminatórias. Já o período da sequência do mata-mata da Copa do Brasil, com a disputa das oitavas de final, ainda está indefinido.
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