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16 de out. de 2020

Desemprego bate recorde na pandemia e atinge mais de 14 milhões


Dados divulgados nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em cinco meses, mais de 4,1 milhões de brasileiros entraram para a fila do desemprego diante da pandemia do novo coronavírus. Entre a primeira semana de maio e a penúltima de setembro, aumentou em 43% o número de desempregados no país.

De acordo com o levantamento, o país encerrou a penúltima semana de setembro com cerca de 14 milhões de desempregados, o maior contingente observado desde o começo da pesquisa, em maio. Na primeira semana de maio, eram 9,8 milhões de trabalhadores em busca de uma ocupação no mercado de trabalho.


Com isso, a taxa de desemprego passou de 10,5% para 14,4%, a maior de todo o período pesquisado.

O levantamento foi feito entre os dias 20 e 26 de setembro por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil. Esta foi a última edição da pesquisa semanal.

Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas.



Os dados da Pnad Contínua mais atuais são referentes a julho, quando o país atingiu taxa de desemprego recorde, de 13,8%, com mais de 13,1 milhões de brasileiros em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho.

Desemprego bate recorde na pandemia

Nordeste teve maior alta no desemprego entre as regiões

A maior parte dos 14 milhões de desempregados na penúltima semana setembro estava concentrada na Região Sudeste (6,3 milhões), que é a mais populosa do país.


No entanto, foi na Região Nordeste que se observou a maior alta no número de desempregados ao longo dos cinco meses de pandemia – passou de 2,3 milhões na primeira semana de maio para 3,9 milhões na penúltima de setembro, o que corresponde a uma alta de 69% no período.

A segunda maior alta foi observada na Região Norte, onde o número de desempregados passou de 890 mil para 1,3 milhão – um aumento de 46,9%.

O Sudeste, por sua vez, registrou alta de 39,2% no número de desempregados, passando de 4,3 milhões para 6,3 milhões.

No Centro-Oeste, região com o menor número de desempregados, o número de pessoas buscando emprego aumentou de 819 mil para 1 milhão, o que corresponde a um aumento de 25%.



Já a Região Sul viu o contingente de desempregados passar de 1,3 milhão para 1,5 milhão, uma alta de 16,5%.

Flexibilização do isolamento pressiona o desemprego

Na comparação com a terceira semana de setembro, aumentou em cerca de 700 mil o número de desempregados, fazendo a taxa de desemprego passar de 13,7% para 14,4% em uma semana. Essa alta, no entanto, é considerada como uma estabilidade estatística pelo IBGE.

A gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, avaliou que o avanço da flexibilização do isolamento social por todo o Brasil tem relação direta com o aumento do desemprego ao longo de todo o período do levantamento.

“Embora as informações sobre a desocupação tenham ficado estáveis na comparação semanal, elas sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas”, apontou.

A pesquisadora ressaltou que a população ocupada no mercado de trabalho se manteve estável durante a maior parte do levantamento, o que sugere que o desemprego foi pressionado por um maior número de pessoas buscando emprego, ou seja, não houve corte expressivo de postos de trabalho no país.

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