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18 de out. de 2020

Maracanãs "adotam" conjunto habitacional na zona Sul de Teresina

 

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Quem mora no Conjunto João Emílio Falcão, na zona Sul de Teresina, sabe bem o que é ter um vizinho barulhento. O teto dos prédios virou moradia do periquito-maracanã há décadas. A ave é da espécie (Psittacara leucophthalmus), bastante conhecida na região Nordeste.

Com ocorrência em vários estados do Brasil, os nomes são diversificados: aratinga, maracanã, maritacas, dentre outros. A rotina das aves é intensa. Mal o sol começa a raiar, elas já estão prontas para mais um dia em busca de alimento.

"Antes das 6 horas da manhã elas começam a barulheira até chegar a hora de voarem atrás de comida. É assim diariamente. O resto do dia é tranquilo até o final da tarde, quando elas retornam para dormir nos tetos", disse o morador Abílio Neto.


Os tetos são os locais ideias para a reprodução, já que a espécie não faz ninho. Os ovos são colocados e chocados no solo. Geralmente nascem de dois a três filhotes.

"Esta espécie periquito-maracanã que possui nome científico Psittacara leucophthalma, assim como outros periquitos conseguem sobreviver nas cidades ou no entorno delas. O principal motivo delas se instalarem ou frequentarem áreas urbanas é a disponibilidade de áreas de abrigo e/ou alimento, o que pode sim ter alguma relação de desequilíbrio nas suas áreas naturais, como elas fazem ninhos e se abrigam em cavidades elas encontram esses locais com mais facilidade em áreas urbanas", explica Gabriela Ribeiro, doutora em zoologia pela Universidade Federal do Pará.

Segundo ela, o convívio com o ser humano na cidade costuma não trazer muitos conflitos, pois não permitirem muita aproximação. A doutora orienta manter distância das aves.

"No geral, evitar tocá-las ou afugentá-las, em caso de encontro com algum desses animais debilitados devido colisões com vidraças o mais indicado é encaminhar a um veterinário ou ao batalhão de polícia ambiental. As vidraças em prédios e casas são as principais ameaças a estes animais, pois como refletem o ambiente em volta, as aves em voo se confudem e acabam batendo nas vidraças podendo causar fraturas e até morte. Aplicação de fitas adesivas tem sido algumas das soluções para minimizar estes problemas", afirma.

Para quem mora no conjunto habitacional há bastante tempo, os periquitos não incomodam mais. "Já estamos acostumados com a rotina deles, faz parte da nossa também", afirma o morador.

O problema é só quando eles resolvem dar prejuízo. As aves costumam roer fios quando estão chocando seus ovos. "A parte chata é essa. Os tubos dos ar condicionados expostos são alvo fácil delas", lamenta.

O periquito-maracanã é um primo próximo da ave símbolo de Teresina, a Jandaia, espécie ameaçada de extinção. Se alimentam de frutas e sementes e voam em bandos que podem chegar a 40 integrantes.

Hérlon Moraes
herlonmoraes@cidadeverde.com

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