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7 de dez. de 2020

Enquanto cresce a extrema pobreza, uns ficam muito mais ricos


Mergulhado numa crise sanitária sem precedentes, trazida pelo Coronavírus - uma pandemia que já matou mais de 1,5 milhão de pessoas e, só no Brasil se aproxima dos 180 mil mortos-, o mundo assiste, perturbado e sem rumo, a um aumento progressivo da extrema pobreza, essa injusta e brutal condição humana a que milhares e milhares de pessoas são submetidas, mediante privações imensas, sendo a falta de alimentos a mais cruel de suas formas. 

Dentre os novos pobres do mundo, 82% vivem em países considerados de renda média. O Brasil enquadra-se exatamente entre essas nações em que o avanço da miséria se vê claramente prosperando. Por aqui, já há cinco anos, muitas famílias ficaram sem renda e imensa maioria delas viu a renda diminuída, tornando impossível sustentar-se de modo digno, com um mínimo de satisfação às suas necessidades básicas. 

Essa nova realidade, contrasta com sinais positivos que vinham se verificando de maneira esperançosa entre os anos de 2012 a 2017, quando ocorreu um crescimento de 2,3% na prosperidade compartilhada. Com o fim de políticas reparadoras, destinadas a compensar as desigualdades econômicas e sociais no país, a pobreza vem se alastrando, pondo fim à possibilidade de inclusão de milhares e milhares de seres humanos numa posição de estabilidade social.

Se essa ausência de políticas compensatórias já vinha causando estragos e preocupações, o surgimento da pandemia do Covid-19 só fez ampliar o fosso da desigualdade, em virtude de que, pelo necessário isolamento social, muitos perderam o emprego ou se viram impedidos de auferir algum rendimento com suas atividades autônomas. Com menor mobilidade das pessoas, uma realidade dramática tem sido o aumento crescente da vulnerabilidade. 


O Banco Mundial aumentou a frequência de suas advertências aos governantes do mundo sobre essa grave e intolerável questão, de modo a fazê-los despertar para a dramática realidade de que a extrema pobreza global está aumentando pela primeira vez em mais de duas décadas, colocando milhões de seres humanos a viver com menos de US$ 1,90 por dia, que é o marco dessa condição insuportável. Prevê, assim, que até 150 milhões de pessoas caiam na pobreza extrema, um acréscimo de 1,4% da população mundial. 

De acordo com dados apontados pelo novo estudo “Pobreza e Prosperidade Compartilhada”, do Banco Mundial, a pandemia da Covid-19 não é a única responsável pelo agravamento da situação: o relatório indica os conflitos entre nações e as mudanças climáticas como fatores importantes. 


Embora sem conflitos internos significativos no Brasil, observa-se, porém, que a progressiva ação predatória da natureza, como frequentemente tem-se registrado na Amazônia e no Pantanal, é fator importante na elevação da miséria, gerando a expulsão de nativos para um mundo obscuro de total ausência de oportunidades. 

Reprodução/ Agência Brasil

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