Fotos: Roberta Aline/Cidadeverde.com
O médico cardiologista, Paulo Márcio, superintendente do Hospital Universitário (HU) saiu em defesa de mudanças nos critérios para aplicação das vacinas contra a Covid-19 no Piauí. Para ele, todos os profissionais da saúde devem ser os primeiros a receber a imunização, para que continuem o trabalho nos hospitais.
A proposta foi tema de uma reunião na manhã desta segunda-feira (25) que contou com a participação do superintendente do HU e de representantes de sindicatos ligados à area da saúde.
Em coletiva de imprensa, Paulo Márcio destacou que apesar de possuir cerca de 2 mil funcionários, o Hospital Universitário recebeu até o momento apenas 150 doses da vacina contra a Covid, número considerado insuficiente para a demanda..
"Nesse nesse momento é importante vacinar todos os profissionais que trabalham em hospitais, para que não tenha prejuízos na ponta, para não faltar oxigênio, como faltou no Amazonas, para que não falte seringas, e para que os profissionais não deixem de salvar vidas por estarem contaminados.Vacinar toda a estrutura do hospital é proteger a saúde coletiva", defendeu.
Pela proposta, todos os profissionais que atuam em hospitais que recebem pacientes com a Covid devem ser imunizados primeiro, antes dos demais grupos prioritários.
A proposta deve ser discutida em uma reunião na tarde de hoje entre diretores de hospitais, representantes das categorias da saúde e representantes da Sesapi e da FMS.
"Esses hospitais que fazem precisam ser vacinados, porque lá dentro vai ter um profissional experiente e capacitado para salvar vidas de quem chegar com covid. Na guerra, primeiro você dá armas para aquele soldado que pode salvar outras vidas, depois você arma a população. A população será vacinada, mas após os profissionais de saúde", ressaltou Paulo Márcio, que disse que outros países já modificaram as estratégias de vacinação para privilegiar os profissionais de saúde.
A proposta também foi defendida pelo presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Erick Ricceli, que destacou que os profissionais de saúde continuaram atuando em toda a Pandemia, não apenas no combate à Covid, mas no tratamento de outras doenças.
"Já fizemos essa cobrança desde o início da pandemia. Não adianta parte da população estar imunizada se o profissional de saúde que faz o atendimento não estiver vacinado. Entendemos que essa medida protege toda a população, de uma maneira geral".
Aumento de Leitos
Durante a entrevista coletiva, o superintendente do HU, Paulo Márcio, também afirmou que o hospital tem capacidade de aumentar para 100 o número de leitos destinados à Covid-19, entre clínicos e UTI. Atualmente, são 30 leitos.
Para possibilitar o aumento da capacidade, o superintendente defendeu a necessidade de apoio por parte da Fundação Municipal de Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde.
"Temos 30 leitos Covid prontos e temos uma capacidade de chegar até 100 leitos Covid, basta que a FMS e a Sesapi resolvam auxiliar o hospital nos seus pleitos", disse.
Pacientes de Manaus
"Todos possuem comorbidades, que são aquelas doenças que acrescentam risco quando a pessoa tem a doença.Ou seja, a chance da pessoa desenvolver um estado grave ou morrer é maior por conta desse doença", destacou.
Ainda de acordo com o médico Paulo Márcio, todos os 14 pacientes estão recebendo suporte de oxigênio.
"Todos os pacientes estão respirando espontaneamente, sem a ajuda de aparelhos, mas todos eles estão precisando de oxigênio. A oferta de oxigênio é um dos tratamentos para os pacientes que tem Covid", destacou.
Ainda de acordo com o superintendente, a princípio, o HU não deve mais receber pacientes de Manaus para tratamento.
"Vamos estruturar agora o hospital para a recepção do piauiense que precisa' ,disse.
Flash Natanael Souza
redacao@cidadeverde.com
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