Saúde assina contrato para ter 10 milhões de doses de vacina russa - Barra d Alcântara News

últimas

Post Top Ad

Post Top Ad

EM BREVE, SUA EMPRESA AQUI

12 de mar. de 2021

Saúde assina contrato para ter 10 milhões de doses de vacina russa

 Foto: Folhapress

O Ministério da Saúde informou ter assinado nesta sexta-feira (12) contrato para a compra de 10 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, desenvolvida contra a Covid. As doses serão importadas pelo laboratório União Química, parceiro do Fundo Russo de Investimento Direto, que representa o imunizante.

Segundo o ministério, o cronograma inicial apresentado pela empresa prevê a entrega de 400 mil doses da vacina até o fim de abril, seguidas de 2 milhões de doses no fim de maio. O restante deve ser entregue até o fim de junho.

Apesar do acordo, a vacina Sputnik V ainda não tem registro ou aval para uso emergencial da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o que é necessário para que possa ser aplicada.

Segundo o ministério, o pagamento das doses está atrelado à obtenção dessa autorização. Em nota, o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, disse esperar que a empresa faça esse pedido à Anvisa com urgência.

"Agora, para que possamos efetivamente aplicar a Sputnik V em nossa população e realizar os pagamentos após cada entrega de doses dessa vacina, só necessitamos que a União Química providencie com a Anvisa, o quanto antes, a autorização para uso emergencial e temporário", disse Franco por meio de nota.

A pasta não informou o valor total do contrato.

De acordo com Franco, as discussões tiveram início em agosto de 2020. Em fevereiro deste ano, após meses de críticas devido à falta de revisão e o passo acelerado de sua aplicação na Rússia, a vacina Sputnik V teve a análise preliminar de sua fase 3 de ensaios publicada pela revista britânica The Lancet. Os dados apontaram que o imunizante teve 91,6% de eficácia em um estudo com cerca de 20 mil participantes.

Desses, houve 16 contaminados que desenvolveram a Covid-19 com sintomas leves no grupo vacinado e 62, entre aqueles que tomaram placebo.

Para que possa obter o aval, a vacina ainda precisa apresentar à Anvisa esses dados completos.

A União Química chegou pedir o uso emergencial do imunizante em janeiro. A agência, no entanto, devolveu o pedido um dia depois por considerar que ele não tinha as informações mínimas necessárias para análise.

Um dos principais entraves à época foi a falta de estudos da vacina feitos no Brasil. No início de fevereiro, a Anvisa aprovou uma mudança nas regras que permite que empresas com estudos em outros países também possam solicitar o uso emergencial -o que foi visto à época como um aceno à Sputnik.

Ainda assim, a empresa ainda não apresentou o restante dos documentos necessários.

"Estamos abertos para discussão com a União Química, compartilhamos todos os requisitos necessários e nossa expectativa é que os próximos passos sejam tomados pela empresa para que a gente possa seguir com a avaliação e ter certeza que os dados que compõem as informações de segurança, eficácia e qualidade sejam passíveis de aprovação", disse o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Um dia antes do anúncio do contrato para compra das doses da Sputnik, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, participou de uma reunião com governadores do Nordeste sobre a possibilidade de adquirir doses que vinham sendo negociadas pelo grupo junto ao laboratório.

Segundo informações divulgadas pelos governadores, que fazem parte do chamado consórcio Nordeste, o volume de doses em negociação era de 39 milhões -o qual seria complementar aos 10 milhões de doses que já eram negociados pelo ministério. Questionada, a pasta ainda não respondeu se há possibilidade também de compra dessas doses.

Em nota, o ministério diz ter recebido informações da União Química de que a farmacêutica pretende fabricar doses extras no país para atender a demanda nacional. "A possibilidade será avaliada pela Saúde nas próximas semanas e poderá levar à concretização de outro acordo comercial", disse o ministério, sem citar quantidades e valores.


Fonte:Folhapress

Nenhum comentário:

Postar um comentário