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3 de set. de 2021

Eu boto onde quiser", diz prefeito flagrado com R$ 505 mil em espécie



O prefeito de Cerro Grande do Sul, Gilmar João Alba (PSL), o Gringo Louco, afirmou que o dinheiro apreendido enquanto ele tentava embarcar no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, era dele e seria usado em "oportunidade de negócios", em entrevista à Rádio Gaúcha na manhã desta sexta-feira (3).

A apreensão aconteceu no dia 26 de agosto. Segundo os agentes da Polícia Federal, o dinheiro estava armazenado em caixas de papelão dentro da bagagem de mão do passageiro.

"Eles [a PF] dizem o que querem. Eu boto o dinheiro onde quiser, na caixa de papelão, no sapato, é meu", disse à rádio.

Na quarta-feira (1º), o senador Humberto Costa (PT-PE) disse à CPI da Covid ter indícios de que o valor seria utilizado para financiar atos antidemocráticos. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), então afirmou que a denúncia seria levada ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do inquérito da milícia digital.

À rádio, ele sustentou que o dinheiro faz parte de seu patrimônio e é declarado à Receita Federal. Questionado sobre o motivo pelo qual transportava R$ 505 mil em espécie, ele não deu detalhes sobre que tipo de negócios faria.


"Esse dinheiro eu ando pra oportunidade de negócios. E como é declarado e diz na receita que declarado anda em qualquer parte do Brasil. Então eu ando com meu dinheiro pra onde eu quiser", afirma o prefeito,

Prefeito Gringo Louco foi flagrado com R$ 505 mil em aeroporto

Confira trechos da entrevista

Apresentadora: O senhor não tem medo?

"Como é que eu vou ter medo se ninguém sabe? Quem é que vai saber que eu to com 500 mil na minha mala?"

Apresentadora: Se é lícito, porque o senhor não quis dizer o destino da mala?

"Te passaram notícia ruim, não é verdadeira. Eu quando cheguei no aeroporto, botei a minha mala no raio X, passou, acusou. Eu chamei o rapazinho, ele perguntou se eu tenho alguma irregularidade na mala, eu falei "não tem irregularidade nenhuma, a minha mala tem dinheiro, declarado". [ele perguntou] Quanto? Eu não sou obrigado a dizer quanto eu tinha, mas eu disse pra ele R$ 1,4 mil. Ele disse "tá de brincadeira comigo", eu disse não, eu digo, é R$ 1,4 milhão. Pensando até que era uma brincadeira".

"Mas ele disse "nesse caso eu tenho que falar com a Polícia Federal", eu digo "pode chamar o órgão que você quiser". Eu não seria idiota de passar uma mala no raio x que a gente sabe, se o dinheiro fosse ilícito porque a polícia não me prendeu lá?"

Apresentadora: Porque estava em caixas de papelão?

"Eles [a PF] dizem o que querem. Eu boto o dinheiro onde quiser, na caixa de papelão, no sapato, é meu. Não quer dizer que tudo o que eles dizem é verdade".

Apresentadora: O senhor pode dizer pra onde estava indo esse dinheiro?

"Pra onde estava indo esse dinheiro? Se eu tenho a passagem que comprei pra São Paulo, e tenho a passagem que ia voltar pra Porto Alegre, onde eu tava com o dinheiro? Em São Paulo".

Apresentadora: No que o senhor ia gastar esse dinheiro?

"Eu não sou obrigado a falar pra vocês o que eu ia fazer com o meu dinheiro. Poderia até ser uma festa".

Apresentadora: O senhor não confia no sistema bancário? Porque o senhor anda com R$ 500 mil e porque o senhor não pode dizer pra onde o dinheiro ia?

"Se você insistir muito eu vou parar de falar com você. Eu não confio no sistema bancário? Não fala assim porque eu peguei o resto do dinheiro que eu tinha, fiz alguns investimentos, e o resto tá no banco, eu botei na poupança".

"Como é que eu não confio no sistema bancário? Agora também ninguém vai me proibir de ter dinheiro pra comprar gado nos leilão, terra mais barata porque tenho dinheiro vivo. Pessoa com dinheiro vivo é outro mundo".

"Tem um risco. claro que tem. Só que agora eu jamais vou sair com dinheiro porque com esse bafafá todo, os meninos do mal tão tudo louco pra tentar que eu vou ter o dinheiro em casa".

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