Crime ambiental: fiscais flagram aterro irregular de lagoa da zona leste - Barra d Alcântara News

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6 de out. de 2021

Crime ambiental: fiscais flagram aterro irregular de lagoa da zona leste



Fiscais do Programa Lixo Zero, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEMDUH), constataram um grave crime ambiental em uma lagoa da Rua Dr. Mário Teodomiro de Carvalho, no Bairro Ininga, zona leste da cidade.

Construtores irregulares estão despejando restos de material de construção no local, provocando o aterramento da lagoa. Além disso, foram colocados galhos de árvores e pedras na entrada das ruas na tentativa de barrar a entrada da fiscalização.

“Esse crime ambiental é gravíssimo. É como se estivéssemos jogando todo esse resto de material de construção no Rio Poti. Esta ação pode causar o desequilíbrio ambiental e a destruição do ecossistema dessa localidade, gerando um grande impacto negativo na flora e na fauna da região, além de também provocar enchentes e alagamentos no período chuvoso”, alerta o secretário da SEMDUH, Edmilson Ferreira.

Construtores irregulares estão despejando restos de material de construção no local, provocando o aterramento da lagoa - Foto: Ascom

Os fiscais do Programa Lixo Zero já estão investigando a origem do material encontrado na lagoa para punir os infratores. “O trabalho de fiscalização é diário, mas infelizmente a própria população acoberta os infratores, o que dificulta a ação dos fiscais. Monitoramos, diariamente, mais de 60 pontos de descarte irregular de lixo. São pontos onde fazemos a limpeza em um dia e no outro já está sujo novamente. Sentimos como se estivéssemos enxugando gelo”, acrescenta o coordenador de limpeza pública da SEMDUH, Fabrício Amaral.

O secretário Edmilson Ferreira ressalta, ainda, que os fiscais do Programa Lixo Zero estão sofrendo ameaças de morte em algumas localidades. “Eles chegam para notificar ou multar o infrator e são ameaçados com armas de fogo e facões. Há lugares onde, para eles entrarem, é preciso acionar a Guarda Municipal para fazer a segurança”, explica o gestor.

Mesmo com a dificuldade, somente neste ano já foram aplicadas quase 300 multas relacionadas ao depósito de lixo em local proibido, além de mais de 250 notificações.

“O gasto da Prefeitura de Teresina com o recolhimento do lixo em locais proibidos é absurdo, passa de R$ 400 mil por mês. Estamos fazendo uma ação social para tentar conscientizar a população. Toda semana estaremos em um bairro da cidade onde há muito descarte irregular de lixo. Fazemos a limpeza e conversamos com a população de porta em porta. Fizemos isso na semana passada no bairro Beira Rio, na zona Sudeste, e vimos que está dando resultado porque a quantidade de lixo nas ruas diminuiu”, comemora o secretário.

Edmilson Ferreira frisa que tem conversado bastante com o prefeito de Teresina, Doutor Pessoa, na busca por soluções para a questão da limpeza da cidade. “Por ser médico, ele está muito preocupado com o impacto que esse lixo jogado nas ruas terá na saúde das pessoas. O lixo acumulado aumenta a proliferação de mosquitos, inclusive o da dengue, e de doenças. Além disso, quando chove, esse lixo entope as galerias e causa inundações em toda a cidade”, finaliza.

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