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19 de dez. de 2021

Câmara técnica quer regras para vacinação de crianças

 Foto: Roberta Aline / Cidadeverde.com 



Membros da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (Ctai-Covid) atribuída que o Ministério da Saúde acate o posicionamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que autorizou a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos.

Em nota pública divulgada na noite de sábado, 18, a câmara pede ainda que sejam definidos, o quanto antes, as estratégias para a operacionalização mais da vacinação desse grupo etário, para alcançar a maior cobertura no menor tempo possível.

De acordo com a nota do grupo formado por membros de sociedades de infectologia, pediatria e imunologia, foram notificados 10 356 casos de crianças entre até 11 anos com diagnóstico de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por covid-10 em 2020. Destas, 722 evoluíram para óbito. Neste ano, as notificações chegaram a 12.921 ocorrências de crianças de até 11 anos, com 727 mortes, totalizando 23.277 casos de covid-19 e 1.449 mortes desta faixa etária desde o início da pandemia.

Segundo apurou o Estadão, na sexta-feira, 17, a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid) se reuniu com um Ctai para discutir a vacinação das crianças. Houve apoio unânime à decisão tomada pela Anvisa. Pelo menos dez dos 24 integrantes da técnica leram e apoiaram a nota. Entretanto, não assinaram o documento. Um dos motivos são os ataques do presidente Jair Bolsonaro contra os servidores da Anvisa, além dos sofridos por pesquisadores da Fiocruz do Amazonas, no ano passado, por causa de uma pesquisa sobre covid e cloroquina.

A Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 foi criada por meio do portal da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, do Ministério da Saúde, em 22 de novembro de 2021.

No documento, os especialistas dizem que a vacinação das crianças é urgente, pois a chegada de uma nova variante como a Ômicron, com maior transmissibilidade, faz das crianças (ainda não vacinadas) um grupo com maior risco de infecção, conforme vem sendo observado em outros países onde houve transmissão comunitária desta variante. "Neste contexto epidemiológico, torna-se oportunidade e urgente ampliar o benefício da vacinação a este grupo etário", afirma a nota.

A Ctai também apresenta dados referentes à vacinação de crianças com o imunizante da Pfizer liberado pelas agências regulatórias e de saúde pública do Canadá, Estados Unidos da América, Israel, União Europeia, dentre outras que já aprovaram o uso da vacina pediátrica. A câmara afirma ainda que os países da Ásia, África, e América do Sul têm utilizado as vacinas de vírus inativado (Sinopharm ou Sinovac / Coronavac) em milhões de crianças menores de 12 anos, a partir de 3 ou 5 anos.

Nos EUA, por exemplo, 7.141.428 doses da vacina pediátrica da Pfizer já foram administradas em crianças de 5 a 11 anos, até o dia 9 de dezembro. Destas, 5.126.642 recebeu a primeira dose e 2.014.786, a segunda dose.

Ainda de acordo com a nota, a aplicação de um perfil de reatogenicidade adequado, sendo a quase totalidade dos eventos adversos classificados como não sérios (97%), caracterizados basicamente por febre, dor de cabeça, vômitos, fadiga e inapetência. Ocorreram apenas oito casos de miocardite em mais de 7 milhões de doses administradas (dois casos após a primeira dose e seis casos após a segunda dose), todos eles classificados como de evolução clínica favorável.

"Estes dados preliminares mostram, portanto, um risco menor deste evento adverso comparado com o risco anterior observado em adolescentes jovens após a vacinação", afirma a câmara. "Os benefícios são muito maiores do que os riscos, pilar central de avaliação de qualquer vacina incorporada pelos diversos programas de vacinação, seja no Brasil ou no mundo."

 

Fonte: Estadão Conteúdo

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