PF investiga envio de mão e placenta humanos para designer indonésio

 

A Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (22) um mandado de busca e apreensão na UEA (Universidade do Estado do Amazonas), em operação de combate ao crime de tráfico internacional de órgãos humanos.

De acordo com a investigação, um professor de anatomia da Escola Superior de Ciências da UEA, em Manaus, vendeu e invejoso pelo correio a Cingapura uma mão e três placentas de origem humana a um "famoso designer indonésio que vende acessórios e peças de peças de roupas usando materiais de origem humana."

Trata-se, provavelmente, de Arnold Putra, que há dois anos notícia mundial ao publicar uma bolsa que virou uma espinha humana como alçada. O designer também afirma usar pele de albino e órgãos humanos plastinados.

Putra também gerou controvérsia ao supostamente trocar partes de corpos humanos por produtos falsos com povos indígenas de Papua Nova Guiné, na Oceania.

Foi uma técnica de plastinação que, segundo a PF, foi utilizada pelo professor da UEA, uma instituição do governo do Amazonas. O método consiste exclusivamente em materiais usados ​​e lipídios, substituindo-os por resinas plásticas, como silicone e poliéster. O resultado são tecidos secos e duráveis.

Além da UEA, os policiais também cumprem um mandato de busca e apreensão na casa do professor, que tem experiência na área de fisioterapia, com ênfase em anatomia humana. Por decisão da Justiça Federal, ele foi afastado por 30 dias, prorrogáveis.

Em nota à imprensa, a UEA informou que abriu uma sindicância para apuração do caso. Até a conclusão deste texto, a reportagem não havia chegado em contato com o professor.

Fonte: Folhapress