Juiz determina prisão de major do Exército por postagem política em redes sociais - Barra d Alcântara News

últimas

Post Top Ad

Post Top Ad

EM BREVE, SUA EMPRESA AQUI

10 de mai. de 2022

Juiz determina prisão de major do Exército por postagem política em redes sociais

 Foto: arquivo pessoal

A Justiça Militar do Ceará determinou a prisão do major piauiense João Paulo da Costa Araújo Alves, 41 anos, por crime de desobediência. A decisão é do juiz federal, Rodolfo Rosa Talles Menezes, da Auditoria da 10ª Circunscrição Judiciária Militar com sede em Fortaleza. 

Segundo o inquérito, que baseou a decisão, o major usa seu perfil na rede social para fazer política e participa de manifestações. Seu Instagram e Twitter, o major defende o presidente Jair Bolsonaro (Republicano).  Major Costa Araújo está preso no 25ª Batalhão de Caçadores, em Teresina. Ele é pré-candidato a deputado federal pelo PL. 

A prisão do major é com base no artigo 163 do Código Penal Militar que determina prisão se houver recusa a obedecer a ordem do superior. De acordo com a sentença, o militar desobedece a Procuradoria Geral de Justiça Militar que baixou recomendação para que o militar se abstenha de fazer postagem política e participe de atos políticos e de manifestações.

O major, que é lotado no 25º BC e atualmente estava no 2º Batalhão de Engenharia e Construção, participou de atos de 7 de setembro do ano passado e do 31 de março. 

“É uma prisão excessiva, porque o militar em questão é réu primário, não responde nenhuma ação penal, tem comportamento excelente. A prisão tem mais viés político do que disciplinar”, disse o advogado do major, Otoniel Bisneto.

Segundo Bisneto, o militar não contrariou nenhuma ordem, pois o documento da Procuradoria Militar é apenas uma recomendação. 
“Ele é pré-candidato a deputado federal e não vai fazer nenhuma postagem na rede social?”, questiona o advogado do major.

A rede social do major tem 2.180 seguidores e ele faz publicação, na maioria das vezes, com imagem do presidente Jair Bolsonaro e fazendo defesa sobre as medidas do atual governo federal. 

O major está preso desde quinta-feira (5) e durante audiência de custódia por videoconferência foi pedido a prisão domiciliar, mas foi negada. O juiz manteve a prisão preventiva.

O portal Cidadeverde.com entrou em contato com relações pública do Exército e aguarda uma nota.

O presidente da Associação dos Cabos e Soldados, major Diego Melo condenou a decisão é disse que é “uma medida sem precedente”.

 

Aguarde mais informações

Nenhum comentário:

Postar um comentário