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23 de jun. de 2022

Homem se apresenta à polícia em SP e diz ter participado das mortes de Dom e Bruno


Foto: Cícero Pedrosa Neto/Amazônia Real



Um homem se apresentou à Polícia Civil de São Paulo e afirmou ter participado da morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips, desaparecidos no dia 5 de junho, na região do Vale do Javari, Amazonas.

Em um documento obtido pela CNN nesta quinta-feira (23), o declarante, denominado “Gabriel”, disse ser morador de Manaus, mas que estava residindo em Atalaia do Norte.


Gabriel contou que no dia do ocorrido, ele estava bebendo com Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado” e recebeu um convite para pilotar a embarcação. “Não sabia o que ‘Pelado’ ia fazer”, afirmou.




Gabriel disse que ele e Amarildo avistaram o barco chamado “voadeira”, que carregava as vítimas, e antes de se aproximar da embarcação de Bruno Dom, o declarante afirma que Pelado tirou uma espingarda de 16 polegadas e apontou para o indigenista e o jornalista — que não reagiram.

Ele ainda relatou à polícia que o primeiro disparo foi dado no “magrinho”, se referindo a Dom Phillips. E em seguida, Amarildo efetuou um segundo disparo, em Bruno. Segundo Gabriel, os tiros foram dados a uma distância de aproximadamente três metros.

Em realação ao local do crime, o suspeito afirmou que o crime ocorreu no rio Madeira, próximo a uma comunidade conhecida por “Santa Isabel”.

Após os disparos, ambos rebocaram o barco das vítimas e “Pelado” cobriu os corpos de Bruno e Dom “para não chamar atenção” — depois foi buscar por ajuda.

De acordo com Gabriel, dois indivíduos chegaram para ajudá-los, mas ele afirma não saber a identidade de ambos. Alega ainda que apenas possui conhecimento de um dos participantes ser parente de Amarildo.

Na terça-feira (14) a Polícia Federal prendeu Oseney da Costa Oliveira, 41 anos, por supostamente estar envolvido no caso. Ele é irmão de Amarildo da Costa de Oliveira. As equipes de investigação encontraram sangue e vestígios que seriam humanos em sua embarcação.

O suspeito contou à policia de São Paulo que os participantes dos assassinatos navegaram pelas águas do rio até encontrarem um local mais escondido. Ele conta que retirou os corpos junto com Pelado e os outros dois homens.

Gabriel afirma ter sido o responsável por pegar os pertences de Bruno e Dom e escondê-los na mata, enquanto os outros suspeitos deram destino aos corpos das vítimas e ao barco.

Entre os bens do indigenista e do jornalista havia câmera fotográfica, remédios, e outros itens. Segundo Gabriel, ele pensou em levar os utensílios consigo, mas resolveu deixar na mata com receio de que aquilo poderia comprometê-lo.

Após o crime, ele afirma ter fugido por Santarém, e depois pegou um ônibus até Manaus. O caminho seguiu até Rondonópolis (MT) e chegou a São Paulo. Gabriel afirma que estava nas ruas e diz “não aguentar mais a situação, pois estava com sentimento de culpa”, por ter filhos pequenos.

De acordo com o relato, o declarante chegou em São Paulo e ficou nas ruas até resolver se apresentar à polícia.

Gabriel também foi questionado pelas autoridades sobre as características físicas dos indivíduos que participaram do crime e deram destinos aos corpos. Ele afirma que o “parente de Pelado” tem características físicas semelhantes às suas.

O segundo envolvido seria “mais magro e um pouco mais claro, mas do mesmo tamanho”, diz o declarante.


Gabriel afirma ainda que Amarildo prometeu não entregá-lo à polícia “se a casa cair”. Ele acredita que os disparos efetuados contra Dom foram motivados por ciúmes.

“Ele disparou e matou o ‘gringo’ mais magro [Dom Phillips] pelo motivo de que ele [Amarildo] disse; o de ter mexido com sua mulher”, afirmou.

Questionado sobre a morte de Bruno, ele morreu “de graça” para não incriminá-lo

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