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6 de set. de 2022

Piora das expectativas de inflação para 2024 incomoda, revela diretor do BC

 Foto: Divulgação/Banco Central

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse nesta terça-feira (6) que a piora da percepção do mercado financeiro sobre a inflação de 2024 é motivo de incômodo e que a autoridade monetária precisa se manter "com a guarda alta" nos próximos trimestres.

"Quando olho a expectativa para 2024, me incomoda. A gente está desancorado [se afastando] do centro da meta [3%]", afirmou Serra em live promovida pela Bradesco Asset Management. "A nós incomoda bastante esse descolamento de 2024. O Banco Central tem de manter uma postura bastante cautelosa nos próximos trimestres, bastante vigilante", acrescentou.

De acordo com o último boletim Focus, divulgado pelo BC na segunda-feira (5), a mediana do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2024 passou de 3,41% para 3,43%, contra 3,30% há um mês.

A projeção está acima do centro da meta de 3% fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Para o diretor do BC, "parece inconsistente" a discussão do mercado sobre início de corte de juros diante de um cenário de projeção de inflação acima do centro do objetivo para 2024.
Serra vê o processo de controle inflacionário no Brasil ainda como incipiente, mas projeta uma queda de inflação bastante rápida para os padrões históricos. Segundo ele, é necessário ter cautela na decisão de encerrar o choque de juros depois das surpresas que se impuseram ao longo do ciclo de aperto monetário.

"A gente já foi tão surpreendido que a gente tem de ter muita cautela no eventual encerramento do ciclo. A inflação está próxima de dois dígitos ainda, ajudada pela queda de bens essenciais, mas a gente ainda tem um desafio grande", disse.

O recuo do índice de inflação foi puxado pela queda nos preços dos combustíveis, principalmente da gasolina, e da energia elétrica depois dos cortes tributários promovidos pelo governo às vésperas das eleições.

Em agosto, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) teve deflação de 0,73%. Apesar da trégua, o índice ainda acumulou avanço de 9,60% em 12 meses.
Serra disse ainda que o BC discutirá na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), nos dias 20 e 21 de setembro, um aumento residual da taxa básica de juros. Atualmente, a Selic está fixada em 13,75% ao ano.

 

Fonte: Folhapress

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