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31 de out. de 2022

Empresas, órgãos públicos e fazendeiros são investigados por assédio eleitoral

 

O Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) informou que foram registradas 41 denúncias de assédio eleitoral no estado até o domingo (30). Denúncias de coação e tentativa de impedir trabalhador de votar foram registradas. São investigados empresários, órgãos públicos e fazendeiros.  

O balanço foi divulgado pelo órgão logo após a finalização da votação. Em todo o Brasil, foram 2.544 casos registrados, a maioria nas regiões Sudeste e Sul. Nas eleições gerais de 2018, foram registradas 212 denúncias em todo o país, mas nenhum caso foi contabilizado no Piauí.

O procurador-chefe substituto do MPT-PI, Carlos Henrique Pereira Leite, informou que o órgão atuou em regime de plantão para receber as denúncias.

“Durante o plantão, recebemos denúncias de coação e, inclusive, de tentativa de inviabilizar a presença do trabalhador em seu local de votação. Atuamos, em parceria com as instituições, como a Polícia Federal, Civil e Militar, para garantir que o trabalhador pudesse exercer sua cidadania nas urnas”, afirmou.

Foto: Ascom/MPT

Uma das denúncias recebidas pelo órgão foi que proprietários de uma fazenda do agronegócio no município de Bertolínia, estariam impedindo os trabalhadores de se deslocarem até seu domicílio eleitoral para votar, e que os títulos de eleitores estavam sendo retido pelos empregadores. A Polícia Federal chegou a ser acionada e foi expedida no sábado (29) uma recomendação para a liberação dos trabalhadores.

Outra denúncia recebida foi que uma rede de supermercado estava ameaçando desconto de pagamento dos trabalhadores que se ausentarem para irem votar. Também foi registrado um caso em uma escola, onde foram enviadas mensagens em grupos de trabalhadores induzindo os mesmos a votarem no candidato indicado.

“É importante destacar que continuaremos recebendo as denúncias, inclusive relacionadas a episódios ocorridos no primeiro turno. Todas as denúncias serão investigadas e é importante que o trabalhador se municie do máximo de provas possíveis ao fazer a denúncias. Assim, teremos condições de dar respostas em tempo mais célere”, explicou Carlos Henrique.

O procurador-chefe substituto ainda destacou que o órgão faz investigações trabalhistas, que não prejudicam eventuais apurações por crimes civis e eleitorais. 

“Muitos dos ilícitos, além da esfera trabalhista, serão apurados na esfera criminal e eleitoral, pelos órgãos competentes. No âmbito do MPT, expedimos recomendações, firmamos Termos de Ajuste de Condutas e ingressamos com ações judiciais. Garantir a liberdade de voto do trabalhar é garantir a democracia”, finalizou.

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