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12 de nov. de 2022

Setor energético: o que esperar dos novos gestores eleitos

 Crédito: Pixabay

A energia elétrica tem papel estratégico no desenvolvimento econômico de qualquer nação. Este caráter da energia requer uma permanente atenção em suas variantes, uma vez que os custos sociais de uma política energética mal conduzida podem ser elevados. A ausência da oferta de energia na qualidade e quantidade requeridas prejudica a capacidade de produção de um país e o excesso dessa oferta representa um desperdício de recursos. Desse modo, além do desejado equilíbrio entre oferta e demanda de energia elétrica, o planejamento energético deve priorizar a conservação de energia e o incentivo à inserção de fontes renováveis na matriz elétrica brasileira. À nível federal e estadual, o Presidente Lula e o Governador Rafael Fonteles, respectivamente, terão que lidar com grandes desafios que surgirão na dimensão energética. Em termos de geração eólica, o Estado do Piauí conta com uma potência instalada de 2.788 MW (ABEEeólica, 2022), ocupando o 3º lugar no ranking nacional, atrás apenas dos estados do Rio Grande do Norte e Bahia. O estado conta com uma fábrica de torres para aerogeradores localizada no município de Lagoa do Barro, região onde também está instalada a maior usina eólica da América do Sul. No que se refere à energia solar, o Piauí ocupa o 3º lugar no ranking nacional e é sede da maior usina Solar da América do Sul.

Dentre os vários desafios que os novos gestores terão pela frente no que se refere ao setor energético, apontamos três que devem figurar como destaques. O primeiro diz respeito à energia eólica offshore (instalação no mar). O estado precisa amadurer as reflexões sobre o tema, sobretudo as relacionadas aos aspectos ambientais. Recentemente foi aprovado o marco legal disciplinando o tema. O segundo é a instalação de energia solar flutuante em rios e lagos. Esta já será uma realidade em 2023 com a instalação de 4000 placas solares no reservatório da usina hidrelétrica de Boa Esperança, município de Guadalupe, projeto do qual são integrantes pesquisadores da UFPI. Finalmente, o último se refere ao Hidrogênio Verde, combustível que pode ser obtido usando as energias renováveis na sua produção. Nacionalmente, além destes três desafios, o Presidente da República precisa difundir o uso das energias renováveis, principalmente no Nordeste do Brasil. Os desafios que temos pela frente não são fáceis e para superá-los precisamos responder algumas questões que permeiam o setor energético e que, em geral, não são contempladas por uma única resposta: como suprir às demandas da humanidade sem comprometer o meio ambiente?; como trilhar os caminhos apontados pelas novas tecnologias de geração e uso da energia sem excluir quem quer que seja de seus benefícios?; como contribuir para a melhoria da qualidade de vida a um baixo custo, considerando os aspectos econômicos dos empreendimentos? e como usar a energia com qualidade, racionalidade e eficiência?

Algumas das respostas às questões acima passam necessariamente pelos aspectos ambientais, economicos, sociais, educacionais e tecnológicos. De nada adianta, por exemplo, a instalação de uma usina solar ou eólica se não lhe for dada condições infraestrututurais de transportar a energia gerada. Uma preocupação que deve estar sempre presente nas políticas públicas que contemplam o setor energético é a de transferencia tecnológica, pois a partir dela cria-se condições de autonomia das pessoas e comunidades atendidas por estas políticas. O Piauí reúne todas as condições para liderar a geração de energia renovável no Brasil. Isso requer um planejamento integrado de gestores públicos, técnicos especializados na área e empresas que juntas acreditem que este é um segmento que pode se configurar como um vetor para o desenvolvimento economico do estado.   

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